Lojas já decoradas para o Dia dos Pais. Foto: Alex Paiva/SupCom-ALE/RR

Uma pesquisa nacional conduzida pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box indica que o Dia dos Pais está perdendo força como data comercial no Brasil. De acordo com o levantamento, realizado com 1.705 entrevistados em julho de 2025, metade dos brasileiros vê o Dia dos Pais como apenas mais uma comemoração no calendário, e apenas 32% dos filhos afirmam que pretendem comprar presentes para marcar a data.

Entre os consumidores que planejam presentear, 12% pretendem homenagear outros familiares, como avôs, padrastos e sogros. Apesar do cenário, a expectativa dos pais ainda existe: 37% esperam ser lembrados com algum presente.

O estudo aponta que, mesmo diante da queda no entusiasmo, os filhos que pretendem comprar presentes estão dispostos a gastar valores significativos: 44% projetam desembolsar entre R$ 101 e R$ 300, enquanto 25% devem investir mais de R$ 300. Os itens mais procurados são roupas e calçados, mencionados por 40% dos entrevistados.

Além do consumo, a pesquisa revela aspectos das finanças familiares. Mais da metade dos pais (51%) relatam já ter recorrido a empréstimos para cobrir despesas com os filhos. Dentro desse contexto, a educação financeira aparece como tema central no relacionamento entre pais e filhos: 75% dos pais dizem conversar abertamente sobre dinheiro em casa.

Quando questionados sobre o principal legado a ser deixado para os filhos, 38% dos pais escolheram a liberdade financeira, superando a transmissão de bens materiais, que foi apontada por 28%.

Para Thiago Ramos, especialista em educação financeira da Serasa, o momento é propício para unir afeto e responsabilidade. “O Dia dos Pais é uma oportunidade para discutir não só carinho, mas também responsabilidade financeira e planejamento de vida. Muitos pais já estão assumindo esse papel educativo em casa, o que é fundamental para formar uma geração mais consciente e preparada”, afirma.

A pesquisa, feita entre 4 e 17 de julho deste ano, possui margem de erro de 2,4 pontos percentuais.

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