Cerca de 80 estudantes do Instituto Federal de Roraima (IFRR) – Campus Boa Vista participam, entre os dias 29 de maio e 12 de junho, do Teste Vocacional Inovem, promovido pelo Centro de Inovação e Empreendedorismo da Assembleia Legislativa de Roraima. A programação acontece no Plenarinho da Assembleia e inclui palestras, rodas de conversa, aplicação de testes digitais e emissão de relatórios personalizados.
A ação tem como objetivo estimular o autoconhecimento e auxiliar os alunos na escolha de suas futuras profissões. O teste vocacional é voltado, especialmente, para estudantes do 3º ano do ensino médio, que estão próximos de tomar decisões importantes sobre carreira, formação técnica ou ingresso no ensino superior.
Segundo a deputada Catarina Guerra, presidente do Inovem, a ideia surgiu a partir da escuta ativa durante as visitas às escolas. “Percebemos que muitos jovens ainda não têm clareza sobre seus talentos e aspirações. O teste ajuda a identificar interesses nas áreas de saúde, administração e até empreendedorismo, fortalecendo o potencial de cada um”, explicou.
O professor de Educação Física do IFRR, Paulo Russo, destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento dos estudantes. “Essa parceria é essencial. Nosso objetivo como instituição é preparar o aluno para o mercado de trabalho, e atividades como essa contribuem para uma formação mais completa e assertiva”, afirmou.
Para o psicólogo Wagner Costa, responsável pela aplicação do teste, a orientação vocacional é uma ferramenta estratégica para o futuro dos jovens. “Quando falamos de vocação, falamos de autoconhecimento. O sucesso profissional tem mais relação com fazer o que se gosta do que apenas com o retorno financeiro. A escolha consciente é sempre mais eficaz”, destacou.
Durante a atividade, os alunos responderam a um inventário que analisa perfis como realista, social, investigativo e artístico, entre outros. A partir disso, recebem orientações personalizadas que ajudam a alinhar suas preferências com possíveis carreiras, estimulando uma trajetória profissional alinhada aos seus objetivos e valores.
A estudante Íris Cromwell, de 17 anos, afirmou que o teste foi uma experiência enriquecedora. O resultado foi compatível com suas aspirações profissionais, que envolvem psicologia ou atuação como roteirista de cinema, áreas alinhadas ao seu perfil artístico. Ela também destacou a palestra como um momento marcante, especialmente por incentivar os participantes a seguirem suas verdadeiras vocações, e não apenas carreiras com maior retorno financeiro.
Já Rafael Simões, também de 17 anos, identificou-se com o perfil investigativo, o que combina com seu interesse em cursar Ciência da Computação. Ele contou que outro teste indicou também um perfil social, refletindo seu desejo de ajudar pessoas. Para ele, a palestra foi fundamental para fortalecer o autoconhecimento.
“Eu já tinha uma ideia do que queria seguir, mas sei que muitos colegas ainda têm dúvidas. Por isso, ações como essa são tão importantes”, concluiu.
Ao final do ciclo, os participantes recebem certificado e os resultados são sistematizados em um relatório institucional.
