Hospital Geral de Roraima (HGR). Foto: Secom RR

Médicos terceirizados que atuam na rede pública de saúde de Roraima denunciam o atraso de seus salários por cinco meses consecutivos. A situação afeta ao menos 130 profissionais contratados pela Secretaria de Saúde do Estado de Roraima (Sesau), que prestam serviços em unidades de saúde essenciais, como o Hospital Geral de Roraima (HGR), a Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, a Policlínica Cosme e Silva e o Hospital das Clínicas.

A categoria publicou uma nota de repúdio nas redes sociais, expressando indignação e cobrando um posicionamento das autoridades estaduais, incluindo o governador Antonio Denarium e a secretária de Saúde, Cecília Lorenzon, sobre o não cumprimento dos direitos trabalhistas dos médicos. Os profissionais destacam que, apesar do atraso nos pagamentos, continuam prestando serviços essenciais, temendo represálias, como a exclusão de escalas de trabalho, caso se queixem da situação.

O atraso no pagamento inclui os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2024, além de janeiro de 2025. Para receber os valores devidos, alguns médicos relatam que precisam apresentar notas fiscais dos serviços prestados, mas enfrentam dificuldades no processo de pagamento devido a alegações de erros documentais por parte da Sesau. Médicos também mencionam que as justificativas apresentadas pelas autoridades, como a falta de verba e problemas administrativos, não são suficientes para explicar o descumprimento dos compromissos financeiros com os profissionais.

“Não podemos mais aceitar desculpas. Falta de verba, falta de sistema, falta de repasse/remanejamento há 5 meses para pagar profissionais ESSENCIAIS na saúde?! Frente a tudo isso, continuamos trabalhando, cobrindo todos os hospitais dos estado, mas até quando? A sociedade precisa saber o que está acontecendo! Não podemos mais continuar do jeito que está”, afirmam os profissionais em nota.

Apesar da demora no recebimento dos salários, os médicos continuam cumprindo suas funções em hospitais e unidades de saúde em todo o estado. Eles relatam que não têm outra alternativa senão seguir trabalhando, devido ao receio de perder o emprego ou sofrer punições.

Em resposta à denúncia, a Secretaria de Saúde informou, por meio de nota, que as notas fiscais referentes ao ano de 2024 estão sendo processadas para pagamento.

“A Secretaria de Saúde esclarece que, com a abertura e liberação do sistema de pagamento do Governo, as notas fiscais referentes a 2024 estão atestadas para pagamento e seguirão o trâmite normal. É importante pontuar que para ser efetuado o pagamento, antes é necessária análise rigorosa de todas as notas fiscais com o atesto de todos os serviços executados, além da conferência de frequência de escala de plantão médico”, afirma a Pasta em nota.

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