O deputado federal Nicoletti (União-RR) acusou o governo federal de inércia, após a Venezuela ter determinado o fechamento da fronteira com o Brasil para exercícios militares. Segundo o parlamentar, tropas venezuelanas “invadiram o território nacional e retornando para o país vizinho sem qualquer resistência, evidenciando a fragilidade da fronteira brasileira”.
“Estamos presenciando a quebra da nossa soberania nacional. Tropas venezuelanas entram no Brasil como se nada tivesse acontecido, e o governo federal segue inerte. O desgoverno Lula está sucateando as forças de segurança pública federais e as Forças Armadas, por questões ideológicas. Cadê o Exército Brasileiro numa hora dessas? Cadê a Polícia Federal com mais efetivo e fiscalização na fronteira? Cadê a Polícia Rodoviária Federal?”, questionou Nicoletti.
Apesar dos questionamentos do deputado serem pertinentes, a fronteira foi reaberta ainda ontem (22) a noite.
Crime organizado
Nicoletti também alertou para a atuação de organizações criminosas venezuelanas em Boa Vista e no interior de Roraima. Segundo o deputado, essas organizações têm dominado a região, o que tem resultado em uma onda de violência sem precedentes no estado. “Recebi denúncias sobre cemitérios clandestinos criados por essas facções, onde corpos de vítimas são enterrados sem que as autoridades consigam intervir”, afirmou.
Para Nicoletti, a falta de ações efetivas tanto do governo federal quanto do governo de Antonio Denarium (Progressistas) tem permitido que o crime organizado avance. “Antes, Roraima era um estado tranquilo. As pessoas podiam sair às ruas, dormir com as janelas abertas. Hoje, com essa imigração descontrolada, isso acabou. A segurança pública está abandonada, e as facções criminosas estão dominando nossas ruas”, lamentou.
Nicoletti ainda lembrou de casos em que policiais brasileiros foram presos ao cruzarem a fronteira durante perseguições a criminosos, enquanto as forças armadas venezuelanas operam livremente na região. “Isso demonstra o descaso com a nossa segurança. É inadmissível que o Brasil se torne tão vulnerável”, ressaltou.