Foto: Semuc

Brincar nas praças interativas, conhecer animais no Bosque dos Papagaios, aprender a ler e escrever com “tias e tios” (profissionais) da rede municipal e muito mais. A Prefeitura de Boa Vista garante que as crianças tenham diversas oportunidades de lazer e aprendizado na Capital da Primeira Infância.

Mesmo que os pequenos só usufruam de tudo isso após o nascimento, esse trabalho começa na gestação, com o acompanhamento do programa Família Que Acolhe (FQA).

Em 2014, quando estava com 9 semanas de gravidez da pequena Melissa Terminelli, hoje com 9 anos, a dona de casa Jennifer Cavalcante, de 29 anos, seguiu um conselho que mudou a sua vida. Ela procurou o FQA após a indicação de uma vizinha. Hoje é mãe de cinco e com quatro gestações acompanhadas pelo programa.

Jennifer afirma que vê o FQA como uma segunda família. “Tenho aprendido muito sobre a importância de ser presente e passar tempo de qualidade com as crianças. É fundamental para o futuro delas. Fico emocionada em poder proporcionar isso para os meus filhos, pois não tive uma infância como a que gostaria. Quero viver momentos felizes com eles, com muita brincadeira, passeios e atividades que deixem boas memórias”, contou Jennifer.’

‘Família que Acolhe’ fortalece laços familiares 

São mais de 33 mil gestações acompanhadas pelo FQA e 28.353 famílias cadastradas. Esses números podem ser convertidos em futuros promissores. O caminho para uma criança se tornar um adulto funcional e saudável inicia antes do nascimento.

A gestante deve ter consultas pré-natal, cuidar da saúde física e mental, entre outros. O programa oferta a Universidade do Bebê, oficinas e palestras, as beneficiárias têm consultas médicas, puericultura, planejamento familiar, sala de vacina, farmácia e muito mais.

“É uma experiência transformadora acompanhar o crescimento de cada bebê e fazer parte da construção da relação entre as crianças e a família. Estamos sempre à disposição para esclarecer dúvidas, dar dicas e prestar apoio. Gestantes recebem enxovais no final da gravidez e 3 latas de leite por mês para crianças de 1 a 4 anos completos”, explicou a facilitadora do FQA há seis anos, Daniele Sousa.

Grata por todo esse suporte, Jennifer contou que fez a diferença quando o terceiro filho, Lucca Emanuel, de 6 anos, nasceu com uma fissura (abertura nos lábios). Já o pequeno Luan Gael, 4 anos, tem diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Autista). E Liz Emanuelle, de apenas 2 aninhos, foi diagnosticada com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

“Muitas pessoas levam anos para obter o diagnóstico, mas com o apoio do FQA, procurei os médicos certos e tudo ocorreu bem. A forma de lidar com as crianças muda à medida que entendemos suas personalidades únicas. O programa nos ajuda a compreender isso e praticar da melhor forma. Com o Lucca, tive muita ajuda. Também perdi um bebê e enfrentei depressão na gravidez da Liz, mas tive acompanhamento psicológico, e por isso, fiquei bem”, relatou a mãe.

Além de brincar, criança também tem que estudar

Os bebês acompanhados pelo FQA podem ter vaga garantida nas creches da rede municipal de ensino, e assim, iniciar sua vida escolar e recebendo os estímulos. Isso acontece se a família participar, sem faltas, das atividades do programa. A educação é o principal meio de transformação na sociedade, principalmente para pessoas em vulnerabilidade social, sendo as que participam de programas e projetos sociais da prefeitura, como o FQA.

Para a Melissa, filha de 9 anos de Jennifer, ir para a escola é um momento especial. “Eu gosto porque me divirto e brinco muito. Minha brincadeira favorita é a de corrida com os meus irmãos. Eu também aprendo muitas coisas e gosto mais da matéria de ciências”, disse.

 

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