O secretário de Saúde Indígena , Weibe Tapeba, apresentou, nesta quinta-feira (26), um balanço das ações do Ministério da Saúde no território Yanomami . Os dados foram divulgados entre os dias 23 e 27 de setembro, em Auaris, Roraima, durante o 5º Fórum de Lideranças Yanomami e Ye’kuana.
Em seu discurso na tarde de hoje, Tapeba afirmou que, no último um ano e meio, muitas ações foram implementadas, como o aumento do número de profissionais atuando no território, de 690 para 1,5 mil.
“Fizemos investimentos robustos. Quando iniciamos o governo, havia apenas quatro médicos. Hoje temos 40. Reabrimos sete polos-base, construímos seis novas unidades. Além disso, estamos mantendo as estruturas abastecidas”, ponderou.
Desde o início da emergência, no ano passado, 5,2 mil indígenas voltaram a receber assistência. Em 2023, a Sesai investiu R$ 221 milhões no território Yanomami e, até agosto deste ano, já foram R$ 216 milhões.
“O principal reflexo dos investimentos é a queda de 33% na mortalidade, a queda na desnutrição e reforço no combate à malária”, finalizou o secretário.
Fórum
O evento representa a principal articulação entre as lideranças Yanomami e Ye’kuana. Essa é a segunda vez que representantes do Ministério da Saúde participam da atividade.
“É emblemático apresentarmos nossas ações aqui. Estamos mostrando o resultado do nosso empenho, a capacidade de recuperação e de resposta da estrutura de saúde”, frisou o secretário. Weibe Tapeba complementou: “Mostramos para a população as ações contra a malária, a busca ativa de doentes, os esforços para o abastecimento de insumos e medicamentos, além da recuperação da imunização no território”.
Por fim, o secretário destacou que o povo Yanomami vive um novo momento, com mais assistência e cuidado por parte do governo federal. “Nossa intenção é ampliar a nossa capacidade de atuação, que foi impactada pelo garimpo. Foram 20 mil garimpeiros invadindo o território”, lembrou.
Principais números da ação do Ministério da Saúde no território Yanomami:
7 polos-base reabertos
5,2 mil indígenas voltaram a ter acesso à assistência
1.497 médicos atuando no território
33% de queda da mortalidade
3,3 mil crianças acompanhadas nutricionalmente
83,1% a mais de testes para detecção da malária
47,5% de alta na vacinação de rotina no território
O povo Yanomami possui a maior terra indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas. Desde janeiro de 2023, o Ministério da Saúde vem investindo e atuando para mitigar a grave crise causada na região pelo garimpo ilegal.