Governador Antonio Denarium (Progressistas) e o presidente Lula (PT) em Boa Vista, em março, quando ele veio a Roraima — Foto: Reprodução/Facebook/Antonio Denarium

O presidente Lula (PT) fez um comentário durante uma entrevista a rádio Norte FM de Manaus – AM, nesta quarta-feira (11). Quando perguntado sobre o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), o presidente disparou: “Eu não quero afirmar nada, mas a verdade nua e crua é que aqui em Brasília corre o boato de que o governador teria vinculação com essa gente do garimpo”, afirmou Lula.

“Se o governador está sendo investigado, se a PF tem indícios e se teve alguma coisa na fazenda dele, isso tem de ser apurado, investigado e o governador, julgado. Isso é o que todos nós estamos submetidos pela Constituição. Não podemos reclamar da polícia estar nos investigando”, continuou.

Em fevereiro do ano passado, a Polícia Federal realizou a Operação BAL contra um suposto esquema de lavagem de dinheiro de comércio de ouro ilegal em Roraima e também em Pernambuco. Entre os alvos, estava a irmã de Denarium, Vanda Garcia de Almeida, e outros parentes do governador.

Sobre os comentários do presidente, o governo de Roraima nega qualquer envolvimento do governador em atividades ilícitas e “vem prestando todo o apoio necessário com as forças de segurança estaduais para coibir o garimpo ilegal”.

Visita a Roraima 

Sem dizer quando, o presidente informou que virá a Roraima para debater a questão migratória. O estado tem recebido mais venezuelanos que o fluxo habitual, após a possível fraude das eleições que reelegeram o ditador Nicolás Maduro.

“O ministro das Relações Exteriores [Mauro Vieira] está com orientação e determinação da Presidência da República para que a gente trate com muito respeito as pessoas que estão vindo para o Brasil por necessidade de sobrevivência. Você sabe que o ser humano é meio nômade, quando ele não tem onde comer, quando ele não tem onde trabalhar, ele fica procurando outros lugares”, disse Lula. Ele disse ainda que espera que o país vizinho “volte a normalidade”.

O governo brasileiro não reconheceu a vitória de Maduro. Disse que só reconheceria em caso de apresentação das atas eleitorais, o que nunca aconteceu.

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