O senador Ciro Nogueira (PP-PI) escreveu em seu perfil do X (ex-Twitter) nesta 6ª feira (19.jul.2024) que os yanomamis só eram prioridades quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era presidente. Também afirmou que o governo do PT parou de divulgar dados epidemiológicos nas terras indígenas para não causar uma “indignação popular”.
“Sem novos dados, sem repercussão, sem indignação popular. Problema resolvido”, escreveu o congressista. Segundo Ciro, depois da revelação feita de que o número de mortes aumentou no ano passado, o governo tomou a atitude de não divulgar mais dados.
Em fevereiro, o número de yanomamis mortos no 1º ano (2023) da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi de 363, segundo dados obtidos pela reportagem via LAI (Lei de Acesso à Informação). Foi uma alta de 5,8% sobre os 343 mortos no ano anterior, 2022, último ano sob o comando de Jair Bolsonaro.
À época, a Sesai (Secretaria de Saúde Indígena), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, disse que os dados de 2023 eram “preliminares” e estavam sendo “investigados criteriosamente”. Também afirmou que os números de 2022 e dos anos anteriores estariam “subnotificados”. Culpou o “abandono” do governo Bolsonaro.