Em comemoração ao aniversário de posse da primeira turma de policiais civis concursados, ocorrida em 2004, Roraima celebra nesta sexta-feira (19) o Dia do Policial Civil. A data foi incluída no Calendário Oficial de Eventos do Estado por meio da Lei nº 1692/2022, proposta pelo ex-deputado Nilton do Sindpol e aprovada pela Assembleia Legislativa (ALE-RR).
A instituição desempenha um papel fundamental na segurança pública, atuando como polícia judiciária e sendo responsável por formalizar e apresentar à Justiça as provas de autoria de crimes. Atualmente, o efetivo estadual é composto de 743 profissionais, entre eles o agente Nivaldo Matias, de 48 anos, chefe de investigação do 1º DP (Distrito Policial).
“Nosso trabalho é fazer a investigação fluir e trazer os resultados necessários para o delegado conduzir o inquérito. Ser policial civil é uma honra. Poder vestir essa farda e colaborar com a sociedade, ajudando pessoas prejudicadas, é muito satisfatório”, salientou o agente.
Para os deputados estaduais, é motivo de orgulho o reconhecimento do parlamento a servidores como Matias. “Para nós, enquanto parlamentares e Mesa Diretora, é uma grande honra prestigiar esses homens e mulheres tão importantes na garantia da segurança de todos os roraimenses. Portanto, é mais do que justo reconhecer e fortalecer essa categoria”, enfatizou o presidente da ALE-RR, Soldado Sampaio.
“O que vemos todos os dias nos jornais: apreensões de drogas, prisões, e esse trabalho feito com excelência e inteligência da Polícia Civil é algo que deve ser enaltecido. Quero desde já parabenizar todos os integrantes da nossa Polícia estadual”, destacou o presidente da Comissão de Defesa Social, Segurança Pública e Sistema Penitenciário, deputado Rarison Barbosa (PMB).
Melhorias
Além de propor esta e outras datas alusivas, como o Dia do Escrivão de Polícia Civil, comemorado em 5 de novembro e instituído pela Lei nº 1735/2022, da parlamentar Tayla Peres (Republicanos), e o Dia Estadual da Perícia de Natureza Criminal, celebrado em 17 de setembro e estabelecido pela Lei nº 1758/2022, de autoria da deputada Catarina Guerra (União), o Poder Legislativo tem se dedicado a discutir e aprovar medidas concretas para melhorar as condições de trabalho dos policiais civis, buscando garantir uma atuação cada vez mais eficiente e segura.
Entre as aprovações, estão a Lei nº 929/2013, que instituiu o auxílio-alimentação, e a Lei nº 1240/2018, que criou o Fundo de Modernização, Manutenção e Desenvolvimento da Polícia Civil de Roraima (Fundespol). Além disso, a Lei nº 1264/2018, proposta por Soldado Sampaio, concedeu isenção de ICMS para a aquisição de equipamentos de proteção, reforçando a segurança dos agentes.
Comissão especial
Em abril deste ano, o trabalho de uma comissão especial, presidida por Gabriel Picanço (Republicanos), com Armando Neto (PL) como vice-presidente e Renato Silva (Podemos) como relator, e composta pelos parlamentares Chico Mozart (PP), Rarison Barbosa (PMB), Idazio da Perfil (MDB) e Jorge Everton (União), resultou em um acordo com o Executivo para que houvesse a promoção de servidores da corporação, bem como a posse dos aprovados no concurso de 2022 e a posterior convocação do cadastro de reserva.
“Nos reunimos com secretários do Executivo, representantes dos policiais civis, e com o próprio governador. Conseguimos sensibilizá-lo sobre a importância de promover os policiais, chamar os novos concursados aprovados e resolver a situação do cadastro de reserva. Agora, o governador irá promover os policiais civis, nomear os 205 formados, e nos próximos meses chamará o cadastro de reserva, que é de 144 policiais. A Assembleia Legislativa foi fundamental nesta conquista, que é uma demanda de vinte anos”, explicou o deputado Rarison Barbosa (PMB).
Os esforços da força-tarefa da ALE-RR tiveram um efeito positivo na vida da jornalista Ana Karoline Oliveira, de 26 anos, que concluiu o curso de formação de escrivão de polícia em maio de 2024 e aguarda ansiosamente a posse nesta sexta-feira.
“A posse é um momento em que passa um filme na cabeça da pessoa. Eu me lembro das vezes em que estudava de madrugada, tentava passar o dia estudando, dormia um pouco, acordava de madrugada novamente. Tudo isso resultou no sucesso que estou alcançando agora”, compartilhou a jovem, que trabalhava em dois empregos e abandonou um deles para se dedicar ao concurso que estuda desde 2021.
Ela, que vem de uma família humilde e sempre foi estudiosa, afirma que a área de segurança pública a atraiu pela remuneração e, principalmente, pela oportunidade de servir à sociedade.