O cenário de crédito no país apresenta bruscas mudanças no comportamento do consumidor brasileiro, revela o Mapa Serasa Crédito de maio. O estudo mensal mostra que o cartão de crédito assumiu a liderança entre as modalidades mais desejadas pelos consumidores que buscam um dinheiro além da renda habitual. Mencionado em março por 45% dos pesquisados, o cartão agora chega à marca de 55% das preferências. Na região Norte a procura por pelo cartão de crédito chega a 56% da preferência dos consumidores.
Em direção oposta ao cartão de crédito, o empréstimo pessoal, que era o preferido em março, caiu para 47%, registrando uma queda de 10 pontos percentuais em 90 dias – abril já havia registrado queda de 6 pontos percentuais. O crédito consignado se manteve na terceira posição dos tipos de crédito procurados, mas com uma procura menor.
Intenção de Busca por Crédito
O estudo também indica uma diminuição considerável na intenção de busca por crédito, registrando uma queda de 10 pontos percentuais na comparação entre os meses de março e maio. No levantamento de maio, 55% dos entrevistados afirmam que devem buscar crédito em breve – em março, por sua vez, esse percentual figurava na casa de 65%.
“No primeiro trimestre, os brasileiros precisaram arcar com as tradicionais contas do período, como pagamento de IPVA, IPTU, matrículas nas escolas e outros gastos sazonais, como despesas de férias familiares”, explica Lucas Barleta, gerente do Serasa Crédito. Segundo ele, o empréstimo atuava como uma ferramenta para lidar com essas grandes contas de início de ano, mas passado esse período o cartão de crédito assume seu posto de preferido pelos consumidores brasileiros para as despesas consideradas cotidianas.
Neste novo cenário, o cartão pode ser um aliado para a organização financeira, desde que utilizado com muita responsabilidade, em especial nos gastos de rotina. “Com menos urgência, o brasileiro consegue olhar com mais calma para os benefícios dos cartões disponíveis, comparar as taxas e ponderar melhor sobre as possibilidades para tomar o crédito de forma mais consciente. A educação financeira pode ser a chave para estabelecer um bom planejamento a longo prazo e evitar o endividamento”, afirma Barleta.