O avanço do debate sobre novas áreas para exploração de petróleo casa com a mudança no comando da Petrobras, chegou a Roraima. A nova presidente da petroleira, Magda Chambriard, se posicionou, em diferentes momentos, favorável a sondagem de novos locais de combustíveis fósseis. E o rio Tacutu, em Roraima, é um desses locais.
Alinhada com Silveira, Chambriard chegou a criticar a demora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para autorizar estudos em busca de combustíveis na Margem Equatorial. “O que não se resolveu em dez anos dificilmente será resolvido tecnicamente. Eu acho que essa questão transcende a discussão técnica.”
Segundo o autor do pedido de debate, deputado Gabriel Mota (Republicanos-RR), a exploração de petróleo e gás na região pode impulsionar a economia do estado, com criação de empregos e geração de renda.
“Os recursos provenientes dessa exploração poderão ser direcionados para investimentos estratégicos em conservação ambiental, educação, infraestrutura e outros programas capazes de deixar um legado positivo e duradouro de desenvolvimento para toda a população”, defende.
Bacia de Tacutu
Na década de 1980, a Petrobras realizou os primeiros levantamentos sísmicos para verificar se havia petróleo e gás na região de Tacutu. No entanto, na época, não foi possível confirmar a existência dos hidrocarbonetos no local.
Todavia, um estudo mais recente de pesquisadores da Universidade Federal de Roraima (UFRR), de 2016, encontrou folhelhos negros na bacia sedimentar de Tacutu. O resultado indica que há indícios de petróleo na região.
Grande parte da Bacia do Tacutu está localizada dentro da reserva indígena Raposa Serra do Sol. No local, residem os povos Wapichana, Patamona, Makuxi, Taurepang e Ingarikó.