A Força Aérea Brasileira deverá parar em breve o apoio logístico no Território Indígena Yanonami e o governo quer que civis assumam o trabalho. Hoje o apoio logístico para combater a crise humanitária no Território Yanonami é feito pela FAB, que também tem feito o controle do espaço aéreo da área para evitar voos de aeronaves de garimpo.
Porém, por não ser a sua finalidade, já que é uma Força Aérea e não uma Guarda Aérea Nacional, a FAB tem cobrado R$1,6 milhões de reais da FUNAI para fazer o transporte de cestas básicas de alimento e outros insumos, e não executou as tarefas no segundo semestre exatamente por precisar do equipamento e pessoal para suas missões em outras áreas do país.
Ficou acordado que a FAB fará o transporte das cestas que estão no depósito da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em Boa Vista, Roraima, até o final de março, segundo informa a presidente interina da Funai, Lucia Alberta, para o jornal Folha de São Paulo.
De abril em diante a entrega será a cargo de uma empresa contratada pela Funai e pelo Ministério dos Povos Indígenas. O jornal informa que o foco será para contratar helicópteros grandes, do modelo Blackhawk ou similar, como Airbus H175, H225 Super Puma e Leonardo AW189, com algumas unidades destas aeronaves já operando na Amazônia em missões de apoio à exploração de petróleo e de energia.