Nesta quarta-feira (25), durante a audiência conjunta das comissões de Assuntos Sociais (CAS) e Direitos Humanos (CDH) que ocorreu no Senado, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, respondeu ao senador Hiran (PP-RR) sobre a situação das obras de saúde em Roraima. O Centro de Radioterapia de Roraima está com sua obra parada desde 2019, e era uma promessa do senador, que não teve força política suficiente para dar seguimento.
“Nós fizemos a licitação dessa obra mês passado, e estamos em fase final de análise de documentação para contratação dessa obra”, afirma a ministra. De acordo com a ministra, a obra será retomada e concluída, garantindo assim serviços de radioterapia no estado de Roraima. Nísia afirma que o início das obras será em dezembro deste ano.
O senador Hiran, afirma que, historicamente, os estados do norte são os mais carentes em infraestrutura e ele vinha tentando cobrar a conclusão da obra desde quando Luiz Henrique Mandetta era o Ministro da Saúde, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e de todos os que vieram a ocupar o cargo depois.
“Nós temos um único hospital de referência em um raio de 800 quilômetros. Atendemos venezuelanos e também pessoas que vêm da Guiana, pois fazemos fronteira com esses dois países, e a referência para essas pessoas do outro lado da fronteira é Boa Vista”, ressaltou o senador.
A local onde ocorre a obra do Centro de Radioterapia de Roraima está atualmente ocupada por migrantes venezuelanos, que a usam como abrigo. “Tem umas quinze famílias morando dentro do local, inclusive um salão de beleza”, afirma o senador. De acordo com dados da Polícia Federal entregues ao senador, a cada dia cerca de 600 a 800 pessoas tem saído da Venezuela e ido para Roraima. “Vai ser um grande problema, inclusive social, nós tirarmos aquelas pessoas que estão morando dentro do nosso Centro de Radioterapia, que são pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade”, esquiva-se.
Nas redes sociais, o senador Hiran afirmou que foram investidos R$ 10 milhões na implementação do Centro de Radioterapia, cujo valor orçado foi de R$7,2 milhões. Com início em 2018, a finalização da obra era esperada para outubro de 2019.