Marina Silva
Ministra Marina Silva. Foto: Elza Fiuza/ Agência Brasil

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o governo federal vai reforçar ações de segurança na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima, após o agente de saúde indígena, Ilson Xirixana, 39 anos, ser morto com um tiro na cabeça em ataque de garimpeiros no território. Além dele, dois indígenas foram baleados e estão internados no Hospital Geral de Roraima (HGR).

Durante a coletiva de imprensa, ao lado da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, Marina pediu que “o governador de Roraima (Antonio Denarium) pare de incentivar atividades ilegais, que pare de ser conivente com a tentativa de legalização, pois isso as incentiva”.

Marina disse, ainda, que as ações da operação serão ajustadas na Terra Yanomami (TY). “O Estado brasileiro não vai recuar face à criminalidade. As ações vão ser intensificadas. Vamos reforçar as equipes do Ibama, da PRF, da Polícia Federal, com as Forças Armadas, que é fundamental o suporte logístico, e toda parte operacional para que a gente possa dar uma resposta à altura”, afirmou Marina.

Garimpos ativos
Marina Silva disse que embora tenham sido desativados e abandonados, alguns garimpos ilegais na Terra Yanomami, durante o sobrevoo nas comunidades Homoxi e Uxiú, acompanhada da ministra Sonia Guajajara, foi constatado que ainda existem garimpos ativos. “Existem vários garimpos que, de fato, foram desativados, estão abandonados, mas alguns, segundo dados do satélite, e pelo que pudemos observar, continuam ativos, e esses precisam ser desativados e serão desativados com ação de inteligência e com todo suporte das ações integradas”, disse Marina.

Além disso, Marina também ressaltou que os agentes da polícia e da saúde devem seguir com a reativação de bases, realizando “todo um trabalho articulado para atender as demandas dos povos indígenas”. “A ação de comando e controle está sendo ajustada, mas, obviamente, não divulgaremos quais são as estratégias. Já temos a informação de que houve uma redução de 70% a 75% no garimpo”, concluiu a ministra.

De acordo com a ministra, o governo permanece flexível para que os garimpeiros possam sair voluntariamente. “O governo tomou todas as providências para que o processo aconteça de forma pacífica. As barreiras que foram colocadas impedem a entrada e não a saída (deles)”, disse Marina.

Liderança indígena
O presidente da Urihi Associação Yanomami e do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami, Junior Hekurari, a resposta do governo foi rápida após o episódio de violência na comunidade do Uxiú. “Estamos muito felizes, porque, imediatamente, vieram as respostas. Mas é necessário manter a segurança nas comunidades”, declarou Hekurari.

O representante do movimento indígena de Roraima também confirmou a ação da Polícia (PF) na TI Yanomami. “A polícia e a Força Nacional estão na comunidade fazendo reforços. A Polícia Federal também está em outra comunidade (Palimiú), onde os indígenas receberam ameaças”, comentou.

Balanço
Segundo o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Mendonça, em três meses de ações realizadas na Terra Yanomami, mais de 300 acampamentos e 20 aeronaves foram destruídas, além dos agentes apreenderem toneladas de cassiteritas, combustíveis e outros objetos.

“O Ibama acredita que está no caminho certo. Estamos fazendo as operações de forma bastante organizada para acabar com a ilegalidade naquela área”, declarou Mendonça.

 

1 comentário

  1. – Estou começando a desconfiar que a “bronca” dos esquerdopatas com o garimpo é porque descobriram que a atividade é altamente lucrativa e eles, os petralhas, petistas e militrouxas, não estão “levando nenhum” nem por dentro nem por fora. É claro que os caciques, tuxauas, lideranças indígenas não vão dividir a parte que lhes cabe com esse larápios do ar condicionado. Estou aceitando apostas de e com quem pensar diferente.

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