Mato Grosso, Roraima e Acre são, nesta ordem, os três estados brasileiros onde o censo do IBGE está ocorrendo de maneira mais lenta em todo o país. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística isso tem ocorrido porque o IBGE está enfrentando dificuldades relativas à falta de pessoal para atuar como recenseador em determinados estados.
Em todo o país, o IBGE conta com 95.448 recenseadores em ação, 52,2% do total de vagas disponíveis. Aqui no extremo Norte há apenas 269 profissionais em campo, para dar conta de rastrear toda a nossa população estimada em mais de 500 mil habitantes. De 1º de agosto até agora, 45,18% do trabalho foi feito aqui no estado, o que corresponde a menos da metade da meta.
O IBGE fala em ampliar a quantidade de recenseadores para poder dar celeridade ao trabalho.
“A grande dificuldade que se encontrou foi de recrutamento de recenseadores, portanto o IBGE está tomando decisões importantes para aumentar a possibilidade de recrutamento e concluir, com isso, a operação do Censo Demográfico 2022”, informou o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
Balanço
Até agora, 860.358 indígenas (0,82% da população recenseada até agora) e 740.923 quilombolas (0,71%) já foram contados.
Cerca de 2,27% dos domicílios se recusaram a responder, percentual que se espera ser reduzido até o final da operação, após aplicados todos os protocolos de insistência.
Em relação ao tipo de questionário, 88,2% dos domicílios responderam ao questionário básico e 11,8% ao ampliado, percentual consistente com a amostra definida pelo Instituto. O tempo mediano de preenchimento tem sido de 6 minutos para o questionário básico e de 16 minutos para o questionário ampliado.
A maior parte dos questionários (99,5%) foi respondida de forma presencial, sendo que 81.620 domicílios optaram por responder pela internet e 85.309 pelo telefone.
Os estados mais adiantados em termos de percentual de setores trabalhados são Sergipe (80,78%), seguido por Rio Grande do Norte (79,69%) e Piauí (79,06%).
