Uma brecha jurídica para o desmembramento de coligações estaduais para a disputa ao Senado virou mais um componente na costura no palanque do governador Antonio Denarium (PP). Uma consulta feita pelo União Brasil ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) avalia a possibilidade de partidos lançarem mais de uma candidatura ao Senado na mesma chapa para o governo estadual.
O caso, sob relatoria do ministro Edson Fachin, ainda será analisado pela Justiça Eleitoral.A decisão pode impactar a formação de palanques em estados onde mais de um pré-candidato ao Senado apoia o mesmo nome a governador e duela pela vaga na chapa, como é o caso de Roraima, onde Denarium anunciou apoio à candidatura de Dr. Hiran pelo seu partido, o Progressistas, mas quer encontrar a brecha para que Telmário Mota (PROS) possa também estar em seu palanque.
Na eleição de 2014, em Roraima, a chapa do candidato a governador Chico Rodrigues, então no PSB, teve dois candidatos ao Senado – Anchieta (PSDB) e Luciano Castro (PR)- para uma vaga em disputa. Mas a estratégia não prosperou e o eleito foi Telmário.
Segundo a reportagem apurou, alguns líderes partidários desconheciam a possibilidade jurídica de a chapa ter mais candidatos a senador do que vagas em disputa. Contudo o palanque duplo ao Senado segue com resistência política.
Em Roraima, o senador Telmário quer ser candidato à reeleição aliado ao governador Antonio Denarium, mas enfrenta a concorrência do deputado federal Hiran Gonçalves, filiado ao mesmo partido do governador, Dr. Hiran será candidato único da chapa e que uma dupla candidatura na base de Denarium não é uma opção: “Nunca aceitaria isso. Não tem como”, declarou.