Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que ganham acima do salário mínimo devem ter reajuste de 10,16% em seus benefícios em 2022. O porcentual aplicado é a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sendo assim, o teto da Previdência Social deve subir de 6.433,57 reais para 7.087,22 reais em 2022. Esse valor passa a ser referência para calcular o descontos nos salários dos trabalhadores com carteira assinada.
O índice de reajuste ficou ligeiramente abaixo do índice de aumento do salário mínimo, em 10,18%, de acordo com medida provisória publicada pelo presidente Jair Bolsonaro.
O índice de reajuste do salário mínimo foi feito levando em conta a estimativa do INPC, além do pagamento de uma diferença de 2 reais que não havia sido ajustado entre 2020 e 2021, relativo justamente a diferença do índice da MP e do INPC divulgado no início do ano passado.
No caso dos aposentados que recebem mais que o piso, é necessário que a Secretaria de Previdência publique uma portaria para oficializar o reajuste dos benefícios no Diário Oficial da União. Porém, o segurado já pode estimar de quanto será seu benefício na folha salarial de janeiro. Para isso, o aposentado que recebe mais que o mínimo pode aplicar o índice de inflação em seu salário, somando a alta de 10,06% ou multiplicando por 1.1016.
Por exemplo, um segurado que recebeu aposentadoria de 2.000 reais em 2021 passará a ganhar 2.203,20 reais neste ano. O benefício de janeiro será depositado entre os dias 1º e 7 de fevereiro para segurados que recebem mais que o salário mínimo. A ordem dos depósitos segue o número final do cartão de benefício, sem o dígito.
Tabelas de contribuição serão atualizadas
A alta do teto do INSS também reajusta a tabela de contribuição de segurados que estão na ativa para a Previdência. As faixas serão reajustadas em 10,16%, sendo que as contribuições, relativas aos salários de janeiro, deverão ser recolhidas apenas em fevereiro, uma vez que, em janeiro, os segurados pagam a contribuição referente ao mês anterior.
A reforma da Previdência, em vigor em novembro de 2019, prevê uma nova tabela para o INSS, com percentuais variam de 7,5% a 14%, e são progressivos, como no Imposto de Renda. A atualização da tabela deve ser divulgada junto ao novo valor do teto.