Os auditores fiscais da Receita Federal decidiram paralisar suas atividades nas áreas de fronteira desde a segunda-feira (3). Eles exigem que o governo Federal reveja as políticas de reajuste salarial já que benefícios exclusivos às carreiras da Polícia Federal foram dados.
Com isso, 800 carretas estão paradas entre o Amazonas e Roraima, sem poder exportar a produção. Só em Pacaraima, fronteira do Brasil com a Venezuela, há uma fila com cerca de 200 caminhões.
Representante do Sindifisco, Rafael Anselmo Moreira salientou que a mais de cinco anos, os auditores fiscais da Receita Federal em todo o Brasil lutam por um acordo salarial e também para reverter o recente corte orçamentário, que teria reduzido a capacidade de operacionalizar as importações e exportações.
“Com isso, a gente espera que nossos pleitos sejam atendidos e de imediato, nós vamos liberar as cargas que estão retidas lá na fronteira de Pacaraima com a Venezuela”, concluiu.
A Greve
Os auditores-fiscais da Receita Federal entraram em greve depois de o presidente Jair Bolsonaro (PL) decidir dar reajuste salarial para os policiais federais em 2022. Eles dizem que o governo tirou recursos do Fisco para bancar o aumento e cobram a regulamentação do bônus de eficiência da categoria.
A greve afeta a fiscalização das importações e exportações brasileiras nas alfândegas, mas não afeta a entrada no país de mercadorias essenciais, como medicamentos. A entrada de viajantes internacionais também não foi afetada.