As federações partidárias devem unir algumas das maiores legendas do país, com efeito direto nas eleições estaduais do próximo ano já que, pela lei, a “união”, com duração de no mínimo quatro anos, é extensiva aos diretórios estaduais. Com a derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro, abriu-se a temporada de “paquera”. Em reportagem publicada nesta quinta-feira (14), o jornal O Globo diz que o Progressistas conversa com PL e Republicanos para a consolidação do Centrão.
Em Roraima, o PP tem o governador Antonio Denarium, o deputado Hiran Gonçalves, além dos ex-governadores Neudo e Suely Campos. É com essa força que o governador pretende disputar a reeleição ano que vem. Já o PL é comandado pelo deputado Édio Lopes, que sinaliza apoio à ex-prefeita de Boa Vista Teresa Surita (MDB) na disputa pelo governo em 2022. O Republicanos é representado pelo senador Messias de Jesus e pelo seu filho, o deputado Jhonatan de Jesus. São forças com destaque no cenário político nacional, mas com posicionamentos políticos divergentes para efetivar a união.
No cenarío nacional, o MDB avalia se unir a Avante e Solidariedade. Algo pouco provável de acontecer em Roraima, já que Romero Jucá (MDB) e Jalser Renier (SD), representantes maiores das siglas por aqui têm grandes divergências políticas e pessoais.
Também há negociações envolvendo o Cidadania, Rede e PV. Na esquerda, há conversas entre o PCdoB com o PSB. As duas legendas já costumam marchar juntas. As federações devem animar a fusão das siglas, como ocorreu com Democratas e PSL (agora, União Brasil).
“Na semana passada, o ministro-chefe da Casa Civil e presidente licenciado do PP, Ciro Nogueira, trabalhou em duas frentes. Ele conversou com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e enviou mensagem ao presidente do Republicanos, Marcos Pereira, sugerindo que as três legendas se unam numa federação, com o objetivo de eleger uma bancada expressiva no Congresso nas eleições de 2022”, diz o jornal.
Somados, Progressistas, PL e Republicanos teriam 116 deputados, mais que os 88 do União Brasil, além de 12 senadores. A união aumenta o poder de barganha, representatividade e garante sobrevivência política para alguns.