Uma operação conjunta entre Divisão de Inteligência e Captura (Dicap) e Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) resultou na prisão do narcotraficante roraimense, Nadson Lira, de 35 anos, foragido da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) desde 2013.
O foragido responde pelos crimes de tráfico, associação para o tráfico e tráfico internacional e porte ilegal de armas, com pena aproximada de 30 anos de prisão.
O procurado já vinha sendo monitorado pela equipe de inteligência e foi preso por volta das 17h30 desta quarta-feira, 31 de março, em uma casa localizada no bairro Buritis, e não resistiu à prisão. Com ele foram encontrados vários documentos falsos de identificação, inclusive uma carteira de estudante de medicina da Venezuela.
O secretário de Justiça e Cidadania, André Fernandes, disse que se trata de uma captura de grande importância para a sociedade.
“O nosso sentimento é de dever cumprido, de fazer aquilo que a sociedade nos paga para fazer. Foi um trabalho de cerca de sete anos até a localização e hoje temos a satisfação de levá-lo novamente ao lugar de onde ele fugiu. Estamos imbuídos de diminuir a lista dos foragidos do Estado. Todos os dias, praticamente, a Dicap prende alguém. O problema é que alguns têm mais relevância, outros não. Esse aqui é um dos maiores traficantes de Roraima, talvez até do Brasil, por isso dessa apresentação”, destacou.
FORAGIDO
O narcotraficante foi preso em 2008, cumpriu cinco anos da pena e em 2013, menos de um mês após retornar do sistema penitenciário federal onde cumpriu parte da pena, fugiu da Pamc.
Enquanto foragido, saiu do Brasil e foi para a fronteira entre Colômbia e Venezuela. Permaneceu por lá durante esse tempo todo, conforme explicou André Fernandes.
“Ele estava foragido do sistema desde 2013, como bem já disse, e estava fora do Brasil, provavelmente na fronteira da Colômbia com a Venezuela. Lá está havendo problema entre esses dois países e a fronteira está fechada, motivo pelo qual veio para o Brasil, onde a equipe conseguiu monitorá-lo e fazer essa prisão”, contou.
Ainda segundo as informações da Dicap, a vinda de Nadson para Roraima tinha o propósito de articular uma nova rota para o tráfico.
“Ele, antes de fugir, passou cerca de dois anos e meio no sistema penitenciário federal. Lá fez amizade com alguns chefes de uma organização criminosa do Rio de Janeiro, que atua no Brasil inteiro, então, continuava de fora do país mandando drogas tanto para Roraima quanto para o Amazonas, além do Rio de janeiro”, afirmou.
Após a captura, Nadson Lira foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) para fazer perícia, exame de corpo de delito e encaminhado para a Pamc.