O presidente Jair Bolsonaro e o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, exoneraram três ex-secretários de Estado em Roraima que ocupavam cargos no ministério: o coronel Antonio Élcio Franco, que era secretário executivo da Pasta; o também ex-deputado Airton Soligo, também conhecido como Airton Cascavel, e Markinhos Marques, que cuidou da comunicação do ex-ministro enquanto chefiava a Pasta. As demissões foram publicadas nas edições do Diário Oficial da União de quarta (24) e quinta-feira (25).
Élcio, que comandou a Secretaria de Saúde em 2019, era o número dois do órgão desde abril do ano passado, quando o general Eduardo Pazuello assumiu o comando do ministério interinamente, levando para lá vários militares para ocupar postos estratégicos.
O ex-número 2 da Pasta estava à frente de algumas das principais ações do ministério de combate à pandemia de covid-19, como negociações por compra de vacinas, e era considerado pelos secretários estaduais de Saúde o porta-voz da pasta na crise de medicamentos que atinge praticamente todos os Estados do país.
Já Airton Cascavel foi nomeado em junho como assessor especial no gabinete de Pazuello. Antes de ser nomeado, mesmo sem vínculo formal no governo, Cascavel vinha se reunindo com governadores e secretários estaduais e municipais de saúde em nome do ministério para tratar de temas relacionados à pandemia do novo coronavírus. O agora ex-assessor foi deputado federal por Roraima entre 1999 e 2002 e chefiou a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agrária em Boa Vista, em 2007.
Markinhos Marques, também conhecido como Markinhos Show, também ocupava o cargo de assessor especial do Ministério desde janeiro deste ano. Antes, foi secretário de Comunicação em Roraima entre dezembro de 2018, quando o governador Antonio Denarium (sem partido) foi nomeado interventor, até fevereiro do ano passado. Durante a intervenção, Markinhos conhece Pazuello, que ocupou o cargo de secretário da Fazenda, além de chefiar a Operação Acolhida.
Junto com Zoser Hardman, outro exonerado. Cascavel e Marques integravam, o núcleo duro do ministério, assessorando diretamente Pazuello na tomada de decisões nos últimos três meses de sua gestão.