Os pacientes oncológicos internados no Hospital Geral de Roraima (HGR) estão tendo que enfrentar uma dupla batalha. Além de lidar com a doença, alguns foram surpreendidos com o cancelamento das cirurgias que já estavam marcadas. É o que famílias dos pacientes denunciam ao Roraima 1. Segundo os familiares, há um mês os procedimentos não estão sendo feitos na unidade.
A familiar de uma paciente, que não quis se identificar, contou que a mãe estava internada no Hospital das Clínicas Dr. Wilson Franco e que iria ser transferida para o HGR para a realização da cirurgia. Ela, inclusive, chegou a ficar em jejum para passar pelo procedimento, mas foi surpreendida ao chegar na unidade.
“As 7h, as pacientes foram levadas do Hospital das Clínicas para o HGR, onde minha mãe ouviu algo que parecia uma discussão e um pouco depois souberam que a cirurgia estava cancelada. Não se sabe que dissonância houve. Ela me contou ouviu sobre um possível boicote ao serviço de oncologia”, contou a filha.
As cirurgias eletivas chegaram a ser suspensas pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) para reduzir o consumo de oxigênio disponível para os hospitais, entre 19 de janeiro e 15 de fevereiro. A medida foi justificada também pelo aumento de internações no HGR.
Outra familiar contou à reportagem que as cirurgia foram interrompidas na unidade há um mês e que não foram informados sobre por que os procedimentos não estavam sendo realizados. A mãe dela está na segunda tentativa de passar pelo procedimento.
“O tratamento do paciente com câncer requer uma celeridade pela complexidade da doença, existe uma lei inclusive que garante isso, o fator tempo é imprescindível”, relatou a familiar.
RESPOSTA
Em nota, a Sesau informou que todas as cirurgias de emergência estão sendo realizadas no HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), e além disso 50% do Centro Cirúrgico estão operando para as demais cirurgias. “Os procedimentos estão sendo executados de forma gradativa conforme a classificação de risco e de acordo com o mapa de agendamento, considerando o momento pandêmico que o Estado está passando”, complementa a nota.