Genival Lacerda, de 89 anos, morreu hoje por complicações da covid-19. O cantor estava internado na UTI desde o dia 30 de novembro, quando foi diagnosticado com pneumonia, em decorrência da doença causada pelo novo coronavírus.
A notícia do falecimento veio a público pelo filho, Genival Lacerda Filho, que revelou a informação em uma breve mensagem. “Painho faleceu”, disse ele em seus stories do Instagram.
João Lacerda, seu segundo filho, também usou suas redes sociais para fazer uma homenagem. “Hoje perdi um dos maiores amigos de minha vida, amigo da música, de ensinamentos, amigo que na hora de brigar, sempre brigava e minutos depois nem lembrava que brigava, porque não guardava mágoa de ninguém”, disse.
Emocionado, o músico ilustrou a postagem com fotos ao lado de Gevinal. “Meu Anjo da guarda, minha Luz, minha vida, hoje ele fez sua última viagem para ficar ao lado do Senhor Deus. Ainda ontem lembro-me de seu sorriso, de apertar sua mão! Agora terei de aprender a viver com sua imagem, e lembranças de um bom pai. De Vai na paz meu pai, sempre te amarei, teu João Lacerda Neto”, finalizou João.
No último domingo, o mesmo comunicou piora no estado de saúde do patriarca. Já na terça-feira, a equipe que administra as redes sociais do cantor, pediu para que fãs, familiares e amigos doassem sangue.
Durante sua carreira, o artista foi o responsável por sucessos do forró como “De Quem é Esse Jegue?” e “Severina Xique-Xique”.
Carreira
Nascido em Campina Grande, na Paraíba, em 5 de abril de 1931, Genival Lacerda era um símbolo da cultura do Nordeste e também um dos grandes nomes do forró.
Antes de iniciar sua carreira como cantor, quando já morava no Recife, chegou a trabalhar em sua cidade natal como radialista. Seu primeiro álbum foi lançado em 1956.
Em 1964, ele se mudou para o Rio de Janeiro e, 11 anos depois, alcançou a fama nacional com a música “Severina Xique Xique”. Na década de 90, voltou a morar na capital pernambucana.
Além do conhecido refrão “ele tá de olho é na butique dela”, Genival também deu voz a sucessos como “Radinho de pilha”, “Mate o véio” e “De quem é esse jegue”.
Apesar de não ter novos sucessos nas rádios nos últimos anos, Genival Lacerda continuava sendo um ídolo popular e, em 2017, recebeu no Palácio do Planalto a medalha da OMC (Ordem do Mérito Cultural).