Familiares denunciaram ao Roraima 1 que um paciente indígena em Uiramutã, ao Norte de Roraima. que está ostomizado, ou seja, que passou por cirurgia abrir saída para fezes e urina, deveria ter retirado a bolsa há dois meses. No entanto, a bolsa de colostomia não foi retirada.
“Ele sente muitas dores onde ficou o ferimento e na barriga. Às vezes fica inchado. Ele não consegue fazer nada quando está com dor. É uma ferida muito feia e grave para ignorarem assim”, reclama um dos familiares, que não quis se identificar
O paciente, que vive na comunidade do Taboca, foi submetido a operação há cinco meses atrás. O retorno para a reversão do procedimento estava marcado para julho, mas desde então a equipe da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) que atende ao Polo Caraparu 1, responsável pelo atendimento do paciente, não fez o atendimento.
O procedimento é semelhante ao que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou quando o então candidato à presidência sofreu uma facada, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), que causou uma perfuração no intestino grosso. O presidente fez a reversão do procedimento após quatro meses fazendo uso da bolsa.
“Nós procuramos a Sesai, mas eles acham que nós estamos brincando. É uma situação grave demais para não atenderem ele. Se ele não tirar a bolsa, ele pode morrer por negligência deles [Sesai]”, complementa o familiar.
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde, responsável pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) e aguarda o retorno.