Moradores do bairro Jardim Floresta, zona Oeste de Boa Vista, foram surpreendidos com o corte de árvores em um terreno, ocorrido nos últimos dias, e denunciaram a situação ao Roraima1. De acordo com eles, o corte é irregular.
Ainda segundo os moradores, que pediram para não serem identificados, o corte de árvores no terreno já está acontecendo há alguns dias.
“Não tem autorização para o corte das árvores. Já interpelei o dono do terreno em frente e responsável pela retirada que só mostrou o documento de posse do terreno. Ele alega que é pela segurança pública que está fazendo isso”, afirmou uma moradora que não quis se identificar.
A retirada de árvores plantadas em logradouros públicos ou fazer poda radical sem autorização é considerado crime ambiental. A ação deve ser feita apenas com autorização da Prefeitura ou pelos serviços públicos municipais. Caso seja constatado o corte, o proprietário do terreno terá que pagar multa de R$ 500 por árvore cortada.
Os moradores protocolaram cerca de oito denúncias ao Governo de Roraima, Embrapa e Ibama. Das denúncias, três foram feitas à à Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas, que, de acordo com os moradores, respondeu ao pedido dizendo que iria encaminhar uma equipe ao local, o que não foi feito.
“Fizemos telefonema para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e ficaram de mandar alguém, mas não vieram. Também chamei o 190 que ficou de mandar um policial na minha casa”, disse a moradora.
A reportagem foi até o local indicado e encontrou três árvores cortadas das seis que ainda estão na lateral do terreno que fica na Avenida Carlos Pereira de Melo, entre as ruas Abrilina Pena e Idelson Cortes. No local ainda foram encontrados galhos caídos, árvores podadas e até cortadas inteiras.
Dois homens estavam trabalhando no corte de árvores no local. Ao serem questionados sobre quem havia autorizado a poda no terreno, ficaram temerosos e falaram que o dono havia pedido para realizar o serviço e que só estavam recebendo ordens.
Outro morador alega que o corte das está ocorrendo para a construção de um estacionamento. “O dono quer visibilidade para que o terreno dele consiga ser vendido. É apenas interesse comercial e financeiro”, disse ele, que complementou que a prefeitura de Boa Vista estava usando o terreno.
“São árvores frondosas e que fazem um sombra incrível. Muitos estudantes da Universidade [Federal de Roraima] passam por aqui para ter um caminho mais fresco antes de chegar ao campus. É uma pena ver tudo isso se acabar assim”, finalizou a moradora.
A reportagem tentou contato com o dono do terreno, mas ele não atendeu às nossas ligações. Um pedido de resposta também foi enviado à Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas, que não respondeu até o fechamento da matéria.
Parabéns, moradores do Jardim Floresta , perseverantes na defesa da natureza tão preciosa e necessária no meio de nós. Pena que as autoridades não respondam, nem as que tem essa competência!
Um absurdo essas ações irresponsáveis infelizmente comuns em Boa Vista. Parabéns pela denúncia e ação conjunta dos moradores!
Total absurdo!!! Desrespeito com as nossas árvores!!!! A ambição do ser humano não tem medidas…
Uma cidade na linha do equador necessota todas as arvores q puder preservar. Retira-las por razões comerciais é um total absurdo. A multa para este ato é ridícula comparada com o patrimonio perdido.
E depois reclamam quando a natureza reage as infinitas agressões sofridas.
Como disse um dia o Antropólogo Levi Strauss. O planeta existia sem o ser humano e continuará a existir quando não estivermos mais aqui …
E a prefeitura se omite. .. Parabéns aos moradores que defenderam o bem comum.
E a prefeitura omissa. Parabéns aos moradores que se mobilizaram pelo bem comum. Multa já.
Tem que responsabilizar a pessoa que cortou essas árvores. É um crime. E ele tem que replantar no local onde desmatou.
Lamentável que estejam destruindo arvores. O poder público tem que tomar providências .
Num momento como esse no qual a natureza está sendo recuperada através do cerceamento da ação humana na Terra por um vírus. Ações ditas ‘humanas’ como essas fundadas no desenvolvimento insustentável deveriam ser seriamente reprimidas e o responsável regiamente multado.
Meu vizinho cortou a árvore da calçada (ou seja, via pública) sem nenhum motivo de segurança pública, além do incomodo dele ter que varrer as folhas que caiam no gramado da casa e agora estaciona o carro na sombra da minha árvore. Vai vendo.
As pessoas precisam pensar mais do coletivo e que as vias públicas são de utilidade pública inclusive uma árvore que dá sombras a todos.