Governador avalia que curva de casos no estado ainda está no início. Foto: Secom

O estado de Roraima não pretende seguir a orientação emitida pelo Ministério da Saúde de, em caso de folga de mais de 50% na estrutura hospitalar, iniciar a partir desta segunda-feira (13) a migração do isolamento social para sistema mais brando, com foco nos grupos de risco.

Ao jornal Folha de S.Paulo, o governador Antonio Denarium que vai levar a orientação em consideração, mas não vai flexibilizar tão rápido.

“Aqui estamos apenas no começo do aumento do número de casos, não é possível fazer agora. Mas vamos começar a estudar, para poder seguir as recomendações do presidente Bolsonaro”, disse o governador.

A maior parte dos estados brasileiros também não deve seguir a orientação. Na última segunda-feira (6), data em que Luiz Henrique Mandetta quase perdeu o cargo em meio a embates com o presidente Jair Bolsonaro, o ministério divulgou o boletim epidemiológico número 7.

O documento trazia entre as suas principais recomendações a de que “a partir de 13 de abril, os municípios, Distrito Federal e estados que implementaram medidas de Distanciamento Social Ampliado iniciassem a transição para o Distanciamento Social Seletivo caso tivessem menos de 50% de sua capacidade instalada ocupada por portadores confirmados da Covid-19”.

O boletim descreve o sistema seletivo como a situação em que ficam isolados apenas “grupos que apresentam mais riscos de desenvolver a doença ou aqueles que podem apresentar um quadro mais grave”, como idosos e pessoas com doenças crônicas ou condições de risco como obesidade e gestação de risco. “Pessoas abaixo de 60 anos podem circular livremente, se estiverem assintomáticas.”

Roraima tem liberado aos poucos o comércio. Desde o final da semana passada, no embalo do movimento de incentivo da retomada dos comércios promovido por Bolsonaro, liberou por decreto serviços essenciais, como postos de gasolina e supermercados, e atividades por meio de delivery e drive thru.

Em boletim divulgado nesse sábado (11), o governo de Roraima confirmou 79 casos de coronavírus e 41 casos suspeitos da doença. Três pessoas morreram no estado.

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