Alguns estudos demonstram que a companhia de um pet faz diferença para melhorar sintomas de ansiedade e depressão, além de elevar a qualidade de vida das pessoas. Diante do cenário de isolamento social, ou quarentena como comumente tem sido denominada, que muitas pessoas estão vivendo, em virtude da pandemia do coronavírus (Covid-19), os animais podem auxiliar nesse período.
“Os animais de estimação deixam as pessoas mais felizes, aumentando os níveis de serotonina. Em um momento de isolamento social, como esse que estamos vivendo, faz muita diferença, principalmente por ajudar as pessoas a enfrentarem essa fase com menos estresse”, afirmou Alice Azevedo, veterinária.
Até o momento, não há demonstração científica sobre o risco de contaminação do homem pelo vírus a partir de animais domésticos, nem sobre o risco de contaminação (forte e com sinais clínicos) de um animal de estimação a partir de uma pessoa doente.
Segundo a médica veterinária, mesmo sem evidências científicas de que os animais transmitam a Covid-19, é preciso aplicar alguns princípios de precaução.
“Apesar de não haver comprovações científicas que relacionem essa transmissão entre seres humanos e os animais, o que há é uma preocupação referente ao tutor infectado, tossir ou espirrar próximo ao animal e contaminar a pelagem do mesmo com partículas virais, sendo assim, não há garantias de que outra pessoa não se contamine ao tocar no animal. Para evitar o risco da transmissão, a recomendação é evitar o contato de pessoas infectadas com seus pets fazendo a quarentena e se isolando dos mesmos. Além disso, a rotina vacinal desses animais precisa ser mantida”, pontuou.
Ela afirmou ainda que, os cuidados com a higiene dos pets devem ser mantido, no entanto, o ideal é que, sempre que possível, a higienização seja realizada no próprio domicílio evitando aglomerações nos centros de estética animal. E que, durante esse período de quarentena e isolamento social, a recomendação é de que os passeios sejam breves e que atendam apenas as necessidades fisiológicas dos pets, evitando locais com aglomeração, contato com outros animais e dando preferência a locais e horários mais tranquilos.
“Com as saídas em tempo reduzido é importante promover para o pet um ambiente com enriquecimento ambiental, estimulando-o sempre com brinquedos e desafios diários para que o mesmo não se estresse no ambiente de confinamento e adoeça apresentando outras complicações. Devemos manter os pets com uma nutrição adequada, vacinação em dia, ambiente higienizado e confortável”, concluiu.