O Governo de Roraima não se posicionou se pretende ou não acatar as recomendações dadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante seu pronunciamento na noite desta terça-feira (24), em cadeia nacional. Na ocasião, o presidente disse que o isolamento social não é a medida correta a ser cumprida por quem não é grupo de risco para a Covid-19, e por isso foi alvo de críticas de autoridades, políticos, especialistas, e até apoiadores.
Funcionários de dois estabelecimentos comerciais que estavam fechados após os decretos da Prefeitura de Boa Vista e do próprio Governo de Roraima, reabriram as portas na manhã desta quarta-feira (25).
“Trabalho em uma papelaria e este definitivamente não é um serviço essencial. Ainda ontem a noite o meu chefe avisou que abriríamos hoje normalmente e eu tive que obedecer. Não tenho muito o que fazer, já que o próprio presidente está mandando o povo voltar ao trabalho”, disse o funcionário.
Em outro ponto da cidade, no Pricumã, os funcionários de uma empresa de pré-moldados disseram que estão trabalhando a portas fechadas, para burlar uma eventual fiscalização. “Estão fazendo os funcionários trabalharem na quarentena, de portas fechadas, para parecer que está fechado mas na verdade não está”, disse um deles.
A prefeita da capital, Teresa Surita (MDB), publicou nas redes sociais que discorda daquilo que foi dito por Bolsonaro. “Tds os países do mundo pedem essa medida. Países ricos pedem o isolamento social. Líderes de todo mundo estão envolvidos nessa luta, pq toda vida tem valor, vamos manter o isolamento social e o compromisso com todos. Solidariedade!”, publicou.
Pessoal, #FiquemEmCasa
Tds os países do mundo pedem essa medida. Países ricos pedem o isolamento social. Líderes de todo mundo estão envolvidos nessa luta, pq toda vida tem valor, vamos manter o isolamento social e o compromisso com todos. Solidariedade! #FiquemEmCasa— Teresa Surita (@Teresa_Surita) March 25, 2020
Seguindo as recomendações do decreto municipal, comerciantes de áreas que neste momento não sejam tidas como essenciais, como alimentação e medicamentos, e forem flagrados de portas abertas, poderão ter os alvarás de funcionamento cassados. Os proprietários dos dois estabelecimentos não atenderam às nossas ligações.