
O secretário de Saúde, Allan Garcês, anunciou nesta segunda-feira (3) que Roraima terá um Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública para auxiliar no monitoramento do novo coronavírus. A medida faz parte do plano estadual de contingência da doença.
“Roraima é uma porta de entrada para o nosso País. Com isso, precisamos ter grande responsabilidade e eficiência para criar um plano de contingência que venha realmente criar uma barreira epidemiológica e sanitária para evitar a entrada e propagação da doença aqui no Brasil”, disse o secretário.
O anúncio foi feito durante entrevista coletiva à imprensa, que também contou com a coordenadora geral de Vigilância em Saúde, Neila Macedo, a diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Valdirene Oliveira, e o médico infectologista Alexandre Salomão.
Segundo o Garcês, o centro servirá vai fortalecer as ações que já estão em curso no estado e novas definições deverão ser incorporadas nos próximos dias, após reunião com outros secretários estaduais de Saúde em Brasília, prevista para ocorre ainda nesta semana.
“Nós já temos também definidas as unidades de referência para o atendimento de pacientes e vamos buscar mais apoio em Brasília”, garantiu.
Também ficou definida a capacitação profissional para o atendimento de casos suspeitos, com foco nas faixas fronteiriças de Bonfim, Normandia e Pacaraima, somada ao plano de retaguarda de médicos infectologistas e plano de retaguarda para leitos de UTI, caso haja a necessidade.
Além disso, a pasta terá reuniões com a Anvisa do Aeroporto Internacional de Boa Vista e notas informativas sobre o vírus já estão em execução no Estado.
Identificação de caso suspeito
Até esse domingo (2), 14.557 casos da doença haviam sido registrados em 23 países, com 305 óbitos. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS), 16 casos foram notificados como suspeitos e 10 descartados.
O MS destacou ainda que três novos casos que não se enquadram na definição de suspeito foram excluídos do Boletim Epidemiológico que monitora a situação do vírus no País. Entre eles, segundo a CGVS, estava de um morador de São João da Baliza, no sul de Roraima.