Depois do anúncio de greve por tempo indeterminado por parte dos profissionais da enfermagem, a deputada Betânia Almeida (PV) se manifestou novamente sobre as condições da saúde em Roraima. A deputada informou que a greve da categoria deve afetar todas as unidades de saúde dos 15 municípios de Roraima. A parlamentar defendeu que o Governo Federal intervenha na gestão da saúde estadual.
“O governador já trocou quase uma dúzia de vezes o titular ou adjunto da [Secretaria] Saúde e só piora. Além de faltar gestão, falta competência para resolver o problema”, disse Betânia.
Na saúde pública estadual são mais de 3.200 enfermeiros, segundo o presidente do Sindicato dos Profissionais em Enfermagem de Roraima (SINDPRER), Melquisedeque Menezes. Por determinação da lei apenas 30% dos profissionais vão continuar atendendo a população durante a greve.
Além da falta de condições de trabalho, como a “escassez de material para a realização de cirurgias”, da falta de segurança nas unidades de saúde, da necessidade de estrutura física para receber e atender os pacientes, os grevistas também reclamam do salário defasado.
Na nota oficial divulgada pelo sindicato da categoria eles reclamam que desde 2016 não tem reajuste salarial, não recebem corretamente o pagamento da progressão funcional, “temos servidores que não recebem há mais de 15 anos”, e por isso, pedem a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR).
Intervenção Federal na Saúde
A deputada Betânia Almeida (PV) ainda lamentou que essa situação tenha chegado a tal ponto. “Infelizmente, ou os servidores protestam por um meio legitimo ou a situação só vai piorar”. Segundo a parlamentar, a população já não suportar o descaso do governo com a saúde. “A greve é uma basta para que as coisas possam mudar, ou Roraima vai ter construir em breve outro cemitério”, avaliou.
Sobre a greve dos profissionais da enfermagem, o Governo do Estado disse que os ajustes necessários para melhorar as condições de trabalho da categoria estão sendo providenciados e implantados conforme a disponibilidade orçamentária do estado.