O Cidade Satélite tornou-se o bairro mais populoso da Capital, na zona Oeste, e a tendência é crescer mais ainda, pois estão em franco crescimento os projetos imobiliários naquele setor da cidade, ao longo da RR-205, que dá acesso ao Município de Alto Alegre, bem como expande-se consideravelmente a área João de Barro, que em breve se tornará um bairro populoso.
Aquele setor é um dos poucos locais da cidade onde ainda é possível expandir-se, pois ainda há imensas faixa de terra a serem ocupadas, ainda que a prefeita Teresa Surita (MDB) seja a maior latifundiária daquela localidade, cujas terras estão usadas para plantar mogno, um projeto para inglês ver.
A população cresceu exponencialmente com a construção de três grandes projetos habitacionais, sendo o maior deles o Residencial Vila Jardim, que abriga três mil famílias em 187 prédios, cada um com 16 apartamentos. Com esse grande contingente populacional, o trânsito tornou-se um grande problema, especialmente em horários de pico.
Embora a prefeita tenha optado por construir duas pontes para desafogar o tráfego, elas interligam o Satélite a outros bairros, mas que não ajudam a desafogar o fluxo de veículos, pois o maior fluxo vai em direção ao Centro de Boa Vista, onde estão os maiores postos de trabalho, seja no serviço público ou no setor privado. Para lá também ficam os principais órgãos que lidam com o dia a dia dos contribuintes roraimenses.
A consequência disso é que o tráfego daquele setor da cidade tornou-se um grande tormento no semáforo do Ibama, para onde converge o trânsito das principais avenidas do Cidade Satélite e de outros bairros (Tancredo Neves, Santa Teresa, Piscicultura, Jardim Floresta, Caranã, Jardim Caranã, Cauamé e Aeroporto). A estreita e movimentada Avenida Ataíde Teive há muito tempo não suporta mais a demanda para desafogar o trânsito da zona Oeste para o Centro.
Vale lembrar que a prefeita Teresa Surita se reelegeu prometendo construir um “mergulhão” no local onde fica o semáforo do Ibama, na época lançado como “grandes projetos estruturantes” para melhorar a mobilidade. Mas hoje não se ouve mais falar no assunto e os problemas no tráfego só se ampliam a cada mês. É só ir ao local, a qualquer hora, para presenciar o pandemônio em que se transformou o trânsito naquele semáforo, com cerca de 400 metros de engarrafamento entre as 7h30 às 8h da manhã.
O que resta saber, diante do grande problema que aflige uma grande parte da população, é o que fim deu esse projeto do “mergulhão” e onde estão os recursos que a prefeita disse que já estavam garantidos para esta e outras grandes obras. Ou não passava de promessa de campanha eleitoral que hoje espera pela amnésia do eleitor? A questão do trânsito urge e torna-se urgente que a prefeita se posicione sobre o assunto.
*Colunista, idealizador do site www.roraimadefato.com.br