O ano de 2025 se encerra em Roraima marcado por frustrações e decepções políticas. Mais uma vez, o povo do estado viu decisões que deveriam proteger seus interesses sendo tomadas lentamente, ou nem sendo tomadas. A justiça, que em teoria deveria atuar com firmeza, se mostrou tardia e inerte diante de questões graves, como a tentativa de cassação do governador Denarium. A sensação que ficou é a de que a morosidade e a falta de ação prevaleceram sobre a responsabilidade e a ética.
Paralelamente, a Assembleia Legislativa aprovou um empréstimo que se aproxima de um bilhão de reais para o governo estadual. Um valor astronômico que comprometerá os cofres públicos pelos próximos dez anos, deixando a população refém de dívidas e limitações financeiras. Mais uma vez, os arranjos políticos prevaleceram sobre o interesse público, e o resultado é que, como sempre, quem perde é o povo.
2025 também reforçou o velho padrão de manobras e acordos nos bastidores, onde decisões são tomadas não pensando em Roraima, mas nos interesses de grupos e aliados. Enquanto isso, as necessidades reais da população: educação, saúde, segurança, infraestrutura continuam sendo deixadas de lado.
Mas a política não precisa ser assim. O ano eleitoral de 2026 representa uma oportunidade de mudança, de retomada da esperança e de reflexão sobre o papel de cada cidadão. É hora de não vender o voto, de se informar, de participar e cobrar responsabilidade de quem ocupa cargos públicos. Roraima merece um futuro melhor, construído com transparência, compromisso e planejamento, e não com empréstimos arriscados e acordos obscuros.
Que 2026 seja o ano em que o povo realmente faça a diferença. Que possamos escolher representantes que atuem com ética e que coloquem os interesses do estado acima de tudo. Só assim será possível começar a escrever uma nova história para Roraima. Uma história onde a justiça não tarda, a dívida não sufoca e o cidadão deixa de ser espectador para se tornar protagonista.
O resultado de nossas escolhas estão desenhados em nossa frente: vender o voto é trocar o futuro por uma ilusão de benefício imediato. Cada vez que alguém faz isso, abre mão do poder de transformar sua cidade, seu estado e sua vida. O voto não é mercadoria: é a única ferramenta real que o cidadão tem para cobrar responsabilidade, ética e compromisso de quem governa. Roraima só vai melhorar quando cada eleitor entender que sua escolha vale mais do que qualquer vantagem momentânea. Quem vende o voto, no fim, vende também a própria esperança.
Que possamos fazer diferente em 2026. Eu insisto: Roraima tem jeito, só precisamos aprender a escolher melhor.
Que nosso trabalho persista no ano que vem, em busca de justiça política para a nossa gente.
Feliz 2026,
Rubens Medeiros.








