A procuradora do Estado de Roraima, Rebeca Ramagem, teve seu período de férias prorrogado até 19 de dezembro enquanto permanece nos Estados Unidos, onde acompanha o marido, Alexandre Ramagem — deputado federal condenado e foragido da Justiça.
Originalmente, o afastamento da servidora, em exercício desde 2015, iria de 17 a 28 de novembro. A prorrogação foi autorizada pela Procuradoria‑Geral do Estado de Roraima (PGE-RR), com base em férias acumuladas referentes ao período 2022–2023.
Apesar de estar fora do país e não desempenhar funções presenciais, Rebeca continua recebendo remuneração ativa. Dados oficiais mostram que o salário bruto mensal da procuradora ultrapassa R$ 46 mil.
A mudança da servidora para os EUA ocorre após a fuga de Alexandre Ramagem, condenado a 16 anos de prisão por envolvimento numa tentativa de golpe de Estado, e classificado como foragido após deixar o Brasil clandestinamente.
Em nota, a PGE-RR declarou que o pedido de extensão de férias seguiu os trâmites legais, confirmando que Rebeca tinha dias disponíveis de descanso.
O caso provocou reações no meio político e no debate público, especialmente porque envolve servidor público lotado em cargo efetivo, atualmente fora do país, em um contexto de condenação e fuga judicial de seu cônjuge — situação que levanta questionamentos sobre ética, responsabilidade e o uso de cargos públicos em meio à crise política.








