A Polícia Civil prendeu 14 pessoas por inadimplência de pensão alimentícia durante uma operação realizada ao longo das últimas 48 horas em Boa Vista, Alto Alegre, Cantá e São Luís do Anauá. Entre os alvos estão 12 homens e duas mulheres, que acumulam dívida superior a R$ 100 mil.
A ofensiva foi conduzida pelo DOPES (Departamento de Operações Especiais) e executada pela Polinter (Delegacia de Polícia Interestadual). De acordo com a diretora do DOPES, delegada Cândida Magalhães, o objetivo central é garantir a proteção de crianças e adolescentes que dependem dessa verba para necessidades básicas.
“Mais do que uma operação de cumprimento de mandados, a iniciativa tem como foco central a proteção de crianças e adolescentes que dependem da pensão alimentícia para garantir necessidades básicas. Cada prisão representa um passo na defesa de um direito fundamental: o direito à vida e à alimentação”, afirmou.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, apenas duas pessoas não quitaram o débito imediatamente e foram apresentadas em audiência de custódia.
Entre os casos que chamaram atenção está o de uma mulher com dívida de R$ 46 mil — referente ao filho cujo cuidado ela havia transferido ao pai — e o de um homem que acumulava dívida de R$ 42 mil.
Segundo a delegada, a prisão ocorre quando as tentativas de conciliação são esgotadas e o responsável não regulariza o pagamento. “O objetivo é garantir que o recurso chegue ao destino correto, assegurando que as mesas voltem a ser fartas, os livros sejam comprados e os cuidados médicos sejam realizados”, disse Cândida Magalhães.
As prisões podem ser revertidas caso os devedores quitem o valor devido, mediante comprovação apresentada à Justiça.








