A ex-prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB), participou de entrevista nesta terça-feira, 25, no programa Rádio Verdade, apresentado pelo jornalista Bruno Peres, e fez um balanço das principais demandas que tem ouvido da população em todo o estado.
Para Teresa, de 2022 para cá “nada mudou e muita coisa piorou”, especialmente nas cidades do interior, nos setores de infraestrutura, saúde, educação e segurança. “Andamos muito em todas as cidades durante a eleição e agora, quando a gente volta para o interior, percebemos que continua do mesmo jeito e muita coisa piorou, inclusive”, afirmou.
Ela também criticou a estagnação na área educacional. “Essa história da nossa Educação de Roraima é uma tristeza. Boa Vista um dia foi a pior Educação do Brasil, e eu deixei a prefeitura com Boa Vista sendo a 5ª melhor. E quem fez isso foram os professores, os servidores, os gestores porque eles tiveram apoio, condições. Isso me dá muito orgulho. Eu não compreendo como o Estado de Roraima passou sete anos sem construir uma escola”, questionou.
Bruno Peres acrescentou que a última escola construída pelo governo estadual data da gestão de Neudo Campos. “O governo está se vangloriando de abrir presídios, enquanto fecha várias escolas. Temos um ranking em que Roraima aparece como a pior educação do país. Isso é um baque para quem está saindo agora e pensando em vestibular ou em entrar no mercado de trabalho. As condições são mínimas para essas pessoas”, afirmou.
A ex-prefeita ainda destacou a gravidade dos índices de violência no estado. “Aqui é o estado menos seguro para as mulheres. É assassinato mesmo, feminicídio, é estupro. É não ter onde apelar, onde buscar ajuda ou cuidado com tudo isso que acontece. Nós somos o pior estado nesse sentido. E não é só isso: é também taxa de homicídio, é aquilo que você pode contar como proteção e segurança que o estado deve dar para as pessoas”, lamentou.
“Estou esperando ansiosamente 2026. Sempre falo que eu só preciso de uma oportunidade” – Teresa
Por fim, Teresa afirmou acreditar que o Estado pode mudar de patamar. “Com o que eu aprendi, com o conhecimento dos servidores e com o dinheiro que o Estado tem, eu não tenho dúvida de que a gente transforma Roraima em um dos melhores estados do Brasil. Eu quero fazer isso, mas preciso que a maioria das pessoas queira primeiro. Não é pelo cargo, é pelo que nós podemos fazer pelo Estado de Roraima”, finalizou.







