Foto: Kensington Palace

Em encontro com o príncipe de Gales, William, nesta sexta-feira (7), em Belém (PA), a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, destacou que a demarcação e proteção das terras indígenas são fundamentais para a conservação do planeta. Acompanhada de lideranças indígenas do Brasil, a presidenta reforçou também a importância de parcerias para a proteção dos direitos e territórios indígenas e, consequentemente, para a conservação ambiental. O encontro foi realizado no Museu Emílio Goeldi, em paralelo às discussões do segundo e último dia da Cúpula do Clima, que ocorre na capital paraense.

Joenia Wapichana e as lideranças indígenas mostraram ao príncipe William a árvore sumaúma, uma das mais altas da Amazônia, que pode chegar a 60 metros de altura e dois metros de diâmetro. Para os povos indígenas, segundo a presidenta da Funai — indígena do povo Wapichana — a sumaúma é considerada a “mãe de todas as árvores” e representa o conhecimento, a ancestralidade e uma conexão entre mundos, além de ser utilizada pelos povos originários para fins medicinais.

“O nosso objetivo foi mostrar ao príncipe William a importância da floresta para os povos indígenas. A relação de harmonia que temos com a natureza, com a biodiversidade e o nosso modo sustentável de gerir nossos territórios são importantes para a conservação do meio ambiente e beneficia não só os povos indígenas, mas também os não indígenas”, afirmou Joenia Wapichana.

A diretriz que orientará a participação da Funai na COP30 é a demarcação de terras como enfrentamento às mudanças climáticas e conservação da biodiversidade. De acordo com a presidenta da Funai, o príncipe de Gales disse que entende a importância da demarcação de terras e falou sobre a importância da COP não somente para os povos indígenas, mas também para o mundo. No encontro, ela reforçou ainda a importância de parcerias para a proteção dos direitos e preservação dos conhecimentos dos povos indígenas.

O encontro contou com a presença do coordenador geral das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Toya Manchineri; da representante da Coiab na Bacia Amazônica, Ângela Kaxuyana; da diretora do Instituto Juma, Juma Xipaya; e do coordenador-executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Dinamam Tuxá.

Funai e Embaixada do Reino Unido

A parceria entre a Funai e a Embaixada do Reino Unido, iniciada em maio de 2023, prevê um apoio financeiro do governo britânico no valor de 1,2 milhão de libras com o objetivo de garantir e promover a proteção, recuperação, conservação e uso sustentável dos recursos naturais das terras indígenas do Brasil.

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