A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (14), a Operação Meritum, com o objetivo de investigar um esquema de fraude e corrupção em vestibulares de medicina e concursos públicos da Universidade Estadual de Roraima (UERR). Ao todo, estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Boa Vista.
Entre os alvos da operação, o ex-reitor, Régys Freitas e mais 8 servidores da Universidade. Pela manhã, agentes da PF estiveram na sede administrativa da instituição.
As investigações apontam para um esquema de venda de vagas em cursos de graduação e favorecimento em concursos da instituição.
Além das buscas, a Justiça determinou a quebra de sigilo telefônico e o afastamento de servidores de suas funções.
A Universidade ainda não se posicionou sobre o assunto. A defesa de Régys Freitas também não foi localizada. O espaço fica aberto por meio do (95) 98120-2121 ou [email protected]
Outras operações
Em abril deste ano, outra operação da PF parou a Universidade Estadual. A operação Cisne Negro, para coibir supostos crimes licitatórios, desvios de dinheiro público, lavagem de capitais e organização criminosa, ocorridos dentro da UERR.
O prejuízo estimado é de mais de 100 milhões de reais, o que pode ter ocasionado enriquecimento ilícito dos membros da organização criminosa.
A operação é um desdobramento de uma apreensão de mais de 3 milhões de reais em espécie ocorrida em agosto de 2023. O ex-reitor da instituição, Regys Freitas, que hoje é contralador-geral do estado, foi flagrado com o dinheiro em espécie.
Regys Freitas ocupou o cargo de reitor da Uerr de 2016 a 2023. Desse modo, ele teve a gestão marcada por polêmicas e operações da Polícia Federal (PF).
No dia 18 de agosto do ano passado, a PF apreendeu R$ 3,2 milhões na casa do irmão de um dos sócios de uma empresa investigada, através da Operação Harpia. A quantia estava guardada em sacos de lixo.