Foto: PCRR

A Polícia Civil de Roraima (PCRR) deflagrou, nesta quinta-feira (2), a operação Credencial Falsa, que desarticulou um esquema de fraudes em financiamentos e consórcios falsos. A ação, conduzida pela DERCC (Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos) com apoio da DDCON (Delegacia de Defesa do Consumidor), cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Boa Vista, Manaus e São Luís (MA).

Segundo as investigações, a empresa responsável prometia contemplação garantida para quem contratasse consórcios de imóveis e automóveis. As vítimas eram atraídas por anúncios em redes sociais e convencidas a pagar valores de entrada — dos quais apenas 5% era destinado à abertura de uma cota real. O restante, cerca de 95%, era retido sob a justificativa de taxas de intermediação.

De acordo com o delegado Eduardo Patrício, titular da DERCC, a prática se repetia também nas parcelas mensais: os boletos eram emitidos em nome da própria empresa, sem repasse às administradoras. “Apenas uma pequena fração era destinada a algum consórcio, o que tornava praticamente impossível que a pessoa fosse contemplada”, explicou.

A polícia também identificou fraudes documentais, contratos adulterados e confirmações falsas por telefone. Até agora, mais de 100 boletins de ocorrência foram registrados contra a empresa, e os prejuízos somam mais de R$ 1 milhão.

Durante as diligências, os investigadores constataram a violação do imóvel onde funcionava a HF Soluções Financeiras, interditada pelo Procon Municipal em fevereiro deste ano. Na vistoria realizada mais cedo, o local já havia sido encontrado depredado, sem documentos, móveis e computadores. Agora, a Polícia Civil apura se parte do material apreendido em endereços ligados aos suspeitos corresponde ao que foi retirado do espaço.

Alerta à população

A Polícia Civil reforça que consórcios devem ser contratados diretamente com administradoras oficiais, nunca por intermediárias. “Esse tipo de golpe se aproveita da pressa das pessoas em realizar o sonho da casa própria ou do carro, mas o dinheiro nunca chega ao destino real”, alertou o delegado.

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