Foto: Jaqueline Machado/BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai operacionalizar R$ 40 bilhões em crédito no âmbito do Plano Brasil Soberano para apoiar o setor exportador brasileiro afetado pelas medidas tarifárias impostas pelo governo dos Estados Unidos.
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Serão R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$ 10 bilhões em recursos do próprio Banco. Os recursos financiarão capital de giro e investimentos em adaptação da atividade produtiva, aquisição de máquinas e equipamentos e busca de novos mercados.
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Micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) também terão acesso às garantias do Crédito Solidário do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC-FGI). O PEAC-FGI Solidário poderá garantir operações com recursos incentivados do FGE, bem como recursos livres do Sistema Financeiro Nacional. O orçamento de R$ 2 bilhões pode alavancar em torno de R$ 20 bilhões o acesso ao crédito.

“A prioridade é crédito incentivado para todas as empresas que tiveram uma perda da capacidade de exportação, abrupta e sem possibilidade de negociação, que perderam acima de 5% de faturamento”, explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em coletiva de imprensa na sede do Banco, no Rio. “Quem perdeu mais de 5% é a prioridade neste momento. Para essas empresas, o governo do presidente Lula, por meio do BNDES, vai abrir linhas incentivadas de R$ 30 bilhões”.

Conforme detalhou Mercadante, só o financiamento incentivado não é suficiente para resolver a situação das MPMEs, que dependem do crédito indireto. “O grande problema delas é a garantia”, lembrou.

“Vamos alavancar o FGI-PEAC o Pronamp, vamos garantir para as MPMEs cerca de R$ 22,5 bilhões de garantia para toda a rede bancária que trabalhamos para as empresas impactadas terem acesso ao crédito. Vamos também apresentar recursos novos: o BNDES vai destinar mais R$ 10 bilhões de crédito para empresas que estão abaixo do impacto da tarifa de 50%, que também foram atingidas com tarifas menores. Os juros são um pouco abaixo da Selic, mas com condições menos favoráveis em comparação às empresas mais afetadas”.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, ressaltou que existe uma cláusula de manutenção de empregos. “Diferentemente de grandes empresas, MPMEs têm dificuldade de apresentar garantias, mas garantir o acesso delas ao crédito é fundamental”, acrescentou.

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