Deputado Armando Neto (PL). Foto: Eduardo Andrade.

Após recente visita à Vila Samaúma, localizada no município de Mucajaí, Centro-Sul de Roraima, o deputado Armando Neto (PL) usou a tribuna do Plenário Noêmia Bastos Amazonas nesta terça-feira (12) para elencar os principais desafios de quem mora na região, principalmente pela proximidade de áreas indígenas e com atividades de garimpo ilegal.

Segundo o parlamentar, produtores, agricultores e moradores alegam sofrer com as constantes abordagens da Força Nacional e outras instituições ligadas à Casa de Governo, do Governo Federal, criada em 2024 para coibir a exploração de garimpo ilegal e ampliar as condições de Saúde, Educação e alimentação aos povos indígenas Yanomami e Ye’kwana, com orçamento em mais de R$ 1,2 bilhão e vigência até 31 de dezembro de 2026.

“Essa mesma Casa de Governo que vem para coibir o garimpo, para moralizar o Estado brasileiro, essa mesma Casa de Governo que vem para manter a ordem, é a mesma Casa de Governo que está fazendo o oposto da sua obrigação”, denunciou Neto.

O parlamentar enfatizou que as famílias da Vila Samaúma e de outras localidades próximas a terras indígenas, sentem os impactos de ações contínuas, principalmente o comércio e a produção da agricultura familiar. “A fala é a mesma: ‘não aguentamos mais a Força Nacional com a Casa de Governo aqui, não temos culpa de ter operação do governo, a polícia aborda e com a arma na cabeça'”, replicou, Armando, a fala dos moradores.

Armando Neto sugeriu que a Casa de Governo disponha de parte do seu recurso para investir em equipe para identificar as famílias que moram na região. “A obrigação é saber quem é o bandido, o infrator, quem é o aluno que apanha na vicinal, o pai de família, essas pessoas não têm culpa de morar numa vila que está perto de área de garimpo”, declarou.

Ele apela para que o Governo Federal atue de maneira efetiva, mas com responsabilidade e respeito ao cidadão. O deputado lembrou ainda que, desde meados de 2017 a 2018, início da imigração venezuelana, não houve a compensação do Estado Maior sobre os gastos estaduais devido ao inchaço no Sistema Público de Roraima.

O parlamentar aproveitou o discurso para pedir apoio da Assembleia Legislativa de Roraima na mobilização de uma audiência pública para tratar dos trabalhos da Casa de Governo e outras instituições federais, além de ouvir os moradores afetados com essas ações.

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