Boa Vista será a segunda cidade a receber o Festival dos Povos da Floresta, projeto itinerante que celebra e reafirma a potência criativa e a diversidade da Amazônia. O evento gratuito, que será entre os dias 22 e 28 de agosto, se consolida como espaço de visibilidade, valorização e protagonismo para as artes produzidas pelos povos da floresta, após sua primeira etapa realizada no mês de junho em Porto Velho (RO).

Idealizado pela Rioterra e apresentado pela Petrobras por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com realização do Ministério da Cultura e Governo Federal, o projeto promove o encontro entre tradição e contemporaneidade, e ainda fomenta um espaço de visibilidade nacional para os povos da Amazônia.

Segundo a diretora executiva e responsável pela curadoria musical do Festival dos Povos da Floresta, Aline Moraes, a festa em Boa Vista promete manter e aprofundar o olhar iniciado em Porto Velho, exaltando as mulheres da floresta, a afetividade que conecta a Amazônia ao Brasil e a ancestralidade sonora dos povos originários e mestres de cada território — do movimento Beradero ao Roraimeira.

Com atividades gratuitas e acessíveis para todos os públicos, o festival valoriza mestres da cultura popular, coletivos artísticos, artistas indígenas e lideranças territoriais, compondo um mosaico vivo das expressões amazônicas.

Atrações

Na sexta, dia 22, o encontro da Orquestra IBVM (Instituto Boa Vista de Música) com Eliakin Rufino e Lionella dialoga com a ancestralidade do Grupo Kapoi (povo indígena de Roraima), o elo interoperacional e a conexão com o Brasil, ao trazer pela primeira vez a Boa Vista Thalma e Heloise com um show que todos irão cantar juntos.

No sábado, 23, Socorro Lira apresenta Dharma, também inédito em Boa Vista, seguido de Do Cangaço ao Seringal, de Patrícia Morais com Anne Louise e a Quadrilha Agitação, valorizando a Amazônia Nordestina.

No domingo, 24, a força ritual da performance do Povo Gavião (RO) antecede o encontro de Binho (RO) e Leka Denz (RR), celebrando a conexão Rondônia–Roraima e encerrando com a homenagem ao movimento Roraimeira, protagonizados por Neuber Uchôa e Zeca Preto convidando Ana Lu e o Bodó Valorizado. Um palco onde memória, afeto e diversidade constroem pontes entre tradição e contemporaneidade.

Exposição

A programação ainda inclui a exposição Povos da Floresta que reúne obras inéditas de artistas convidados, como Paula Sampaio (PA) e Gustavo Caboco (RR) que assina o logo do projeto, e selecionados por meio de chamamento público, e segue com uma intensa imersão artística e cultural, a qual contempla vídeos de realidade aumentada, produzidos exclusivamente para a interação com o público e curtas que foram selecionados também por meio de chamamento público. A proposta convida o público a vivenciar uma experiência estética profunda, que atravessa o som, a imagem e a relação entre pessoas e territórios.

Além das atrações musicais e exposições, o festival oferece uma programação formativa com oficinas de vídeo e fotografia com celular, rodas de conversa temáticas e vivências culturais. A proposta é promover o encontro entre tradição e contemporaneidade, estimulando o reconhecimento da Amazônia como território de criação, inovação e resistência cultural.

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