A ApexBrasil lançou novos estudos da série Perfil de Comércio e Investimentos. Um deles, com foco em nossa vizinha com crescente relevância para a estratégia de internacionalização de empresas brasileiras: a Guiana. As análises apontam oportunidades promissoras em setores como máquinas e equipamentos, alimentos, construção e energia, além de indicarem caminhos para a ampliação da presença brasileira nesse mercado.
Guiana: emergente, estratégica e em expansão
Com um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 25,4 bilhões e uma população de 831 mil habitantes, a Guiana vive uma fase de crescimento acelerado, impulsionada principalmente pela exploração de petróleo em águas profundas. Em 2024, o comércio bilateral com o Brasil movimentou US$ 1,2 bilhão, com destaque para o comércio transfronteiriço via a rodovia Boa Vista–Georgetown.
As exportações brasileiras somaram US$ 383 milhões no ano, com forte presença de produtos industriais. Torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes, além de tubos, perfis ocos e acessórios de ferro ou aço, representaram mais de 70% das vendas externas para o país. Produtos apoiados pela ApexBrasil por meio de um projeto setorial voltado ao setor de máquinas e equipamentos.
O Mapa de Oportunidades da Agência identificou 174 possibilidades de exportação em setores como bens de capital, artigos manufaturados e alimentos. A Guiana também tem despertado interesse como destino para investimentos, sobretudo nos setores de petróleo e energia. Apesar de ainda não haver registros formais de investimento direto entre os dois países, acordos bilaterais de cooperação e facilitação estão em vigor, criando ambiente favorável para futuras parcerias.
Outro ponto de destaque é o interesse da Guiana em revisar o atual acordo comercial parcial com o Brasil, ampliando o escopo da parceria e fortalecendo a posição brasileira frente aos países do bloco CARICOM, principal interlocutor econômico da Guiana.