A Polícia Civil do Estado de Roraima publicou neste domingo (20) uma nota de repúdio contra declarações feitas pelo ex-senador Telmário Mota, que atacou publicamente o delegado responsável pela investigação do assassinato de Antônia Araújo Sousa, mãe de sua filha, ocorrido em setembro de 2023. No vídeo divulgado nas redes sociais, Telmário classificou a investigação como “leviana” e lançou acusações contra a conduta da autoridade policial envolvida no caso.
De acordo com a nota, a Operação Caçada Real — que resultou na prisão do ex-parlamentar em outubro do ano passado — foi fruto de uma investigação “criteriosa, técnica e fundamentada em provas materiais robustas”.
A Polícia Civil afirma que Telmário Mota é apontado como um dos autores intelectuais do crime, e que o inquérito policial está sustentado por laudos periciais, provas documentais, depoimentos e interceptações telefônicas autorizadas judicialmente.
A corporação ressalta que os mandados de prisão e outras medidas cautelares expedidas contra Telmário foram deferidos pelo Poder Judiciário. Além disso, houve denúncia formalizada pelo Ministério Público de Roraima, reforçando a legalidade da atuação da Polícia Civil.
O comunicado também manifesta solidariedade ao delegado alvo dos ataques, reforçando a confiança na sua conduta profissional e ética. A Polícia classificou as declarações de Telmário como “caluniosas e infundadas”, afirmando que representam um atentado não apenas ao servidor, mas à própria Polícia Judiciária e ao trabalho dos agentes civis que atuam com responsabilidade no estado.
A Polícia Civil destacou que a tentativa de desqualificar a investigação não altera os fatos apurados. “Não nos calaremos diante de ataques que visam enfraquecer a verdade e a Justiça. A verdade está nas provas — e elas apontam para a participação direta de Telmário Mota e seus aliados na execução deste crime bárbaro”, conclui o texto.
Prisão domiciliar
Após decisão judicial baseada em laudos médicos que apontaram problemas de saúde, Telmário Mota foi autorizado a cumprir prisão domiciliar por 60 dias. Ele responde às investigações em liberdade monitorada e nega envolvimento no assassinato de Antônia Araújo, que era mãe de sua filha.
Confira a nota:
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