Fronteira do Brasil com a Guiana. Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) realizou, na sexta-feira, 29, em Boa Vista, capital de Roraima, a prisão em flagrante de duas pessoas pela promoção de migração ilegal de estrangeiros no País.

A ação iniciou após a Guarda Civil Municipal abordar um veículo que transportava seis passageiros cubanos no município de Bonfim, interior do Estado. Durante a abordagem, foi verificado que o condutor era responsável pelo transporte e pelo ingresso irregular dos estrangeiros em solo brasileiro.

A equipe de policiais federais obteve, durante a condução do procedimento administrativo, a informação de que uma residência na capital roraimense estaria concentrando outros estrangeiros em situação irregular migratória.

Os policiais, ao chegarem no imóvel, constataram a presença de aproximadamente 40 pessoas, sendo a maioria de nacionalidade cubana.

Durante as diligências, um homem venezuelano foi abordado que, além de trabalhar na hospedaria, conduzia toda a intermediação em território brasileiro com os chamados “coiotes,” prestando suporte logístico integral à entrada ilegal de estrangeiros no país.

Ao término dos procedimentos, o motorista e o homem venezuelano foram presos e encaminhados ao sistema prisional, onde tiveram as prisões em flagrante homologadas pela Justiça roraimense.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), de 2010 a agosto de 2024, o Brasil registrou a entrada de 1.700.686 migrantes, entre residentes permanentes, temporários e fronteiriços.

Além disso, o País reconheceu 146.109 pessoas como refugiadas e recebeu 450.752 solicitações de reconhecimento da condição de refugiado. Portanto, o fluxo migratório, nesse período, foi de cerca de 2,3 milhões de pessoas.

Nesse período, o maior fluxo migratório é de migrantes vindos da Venezuela (500.636), do Haiti (183.102) e da Bolívia (110.795). Os refugiados reconhecidos são, em sua maioria, da Venezuela (134.089), da Síria (4.100) e da República Democrática do Congo (1.158). Os solicitantes de refúgio têm como principais nacionalidades venezuelana (257.186), cubana (41.800) e haitiana (40.483).

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