Reprodução/CIR

O Conselho Indígena de Roraima (CIR) divulgou o primeiro episódio da série “Cultura indígena: um patrimônio a ser preservado e valorizado”, que visa destacar a cultura indígena local. A iniciativa faz parte do projeto do Departamento de Comunicação do CIR. Ao todo, serão quatro episódios produzidos e divulgados ao longo deste mês.

O objetivo das reportagens é mostrar para a sociedade a importância de manter viva a cultura dos povos indígenas. A publicação do material ocorre em meio à luta dos povos indígenas contra o Marco Temporal e a PEC 48, de autoria do senador de Roraima, Hiran Gonçalves.

De acordo com a jornalista Márcia Fernandes, que faz parte da equipe de produção, as quatro reportagens ocorrem na região Serra da Lua, entre os municípios de Cantá e Bonfim.

“É um território demarcado em ilhas, porque lá é acercado pelo agronegócio, fazendeiros. Existem comunidades e territórios que são ameaçados pelos garimpeiros. A gente quer mostrar o porquê que queremos o território, para plantar, produzir, fazer a medicina tradicional, além dos artesanatos. Então, tudo isso a gente precisa do território. Então, é uma forma de dizer por que nós queremos o território”, disse.

O primeiro episódio, lançado no YouTube nesta terça-feira (3), mostra o comprometimento da juventude indígena da comunidade Tabalascada na produção de artesanatos com materiais colhidos no território. Os outro três, que ainda devem ser publicados, abordarão sobre a medicina tradicional, a valorização da língua materna e também da culinária indígena.

Assista aqui:

Além de Márcia, compõem o time os jornalistas: Helena Leocádio, que cuida da produção, e Caíque Souza, que faz a edição do material. Ela destaca que as práticas registradas são fundamentais para passar o conhecimento de geração para geração.

“É uma forma, também, da gente manter a cultura, por exemplo. Sempre tem oficina de medicina tradicional, sempre tem oficina da culinária, entre outras. Então é uma forma dos mais antigos passarem os seus conhecimentos para os mais novos também”, destacou.

As reportagens serão divulgadas nas redes sociais do CIR, além da reprodução no YouTube da instituição: @cir.oficial

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