A Black Friday de 2024 deve movimentar R$ 11,4 milhões no comércio roraimense, segundo estimativas da Fecomércio/RR, com base nos dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na análise da assessoria econômica da Federação do Comércio, “esse é o maior valor da série histórica. Desde sua incorporação ao calendário varejista em 2010, a data se consolidou como uma das principais do setor, ganhando relevância. Em Roraima, se a gente comparar as vendas com o ano passado, teremos um aumento real de 4,5% no comércio”, complementa o economista Fábio Martinez.
Ainda de acordo com os números da CNC, os segmentos de eletroeletrônicos, utilidades domésticas, de móveis e eletrodomésticos devem representar 46% da movimentação financeira prevista, o que corresponde quase metade das vendas previstas. Além desses setores, os ramos de hiper e supermercados, de vestuário, calçados e acessórios também devem se destacar em 2024. “Apesar do crescimento previsto, o comércio enfrentará alguns desafios este ano, incluindo a desvalorização do real frente ao dólar, que já ultrapassou R$ 5,80 por US$ 1,00, aumentando o custo das mercadorias importadas. Além disso, uma outra preocupação é o encarecimento do crédito que pode reduzir o acesso dos consumidores a bens de maior valor e aumentar o nível de endividamento das famílias roraimenses”, acrescenta o assessor econômico da Federação do Comércio em Roraima.
Potencial de descontos e expectativas dos consumidores
O levantamento da CNC monitorou as variações de preços dos itens mais buscados na Black Friday, nos últimos 40 dias. Cerca de 55% dos produtos analisados apresentaram tendência de redução de preços, especialmente ventiladores e tênis femininos, que registraram quedas de até 15% e 13%, respectivamente. Em contrapartida, itens com alta procura, como ar-condicionado e televisores, mantiveram os preços estáveis, com poucas variações. Pela metodologia da CNC, os itens com maior potencial de desconto são aqueles que já apresentavam uma queda de pelo menos 5% nos últimos 40 dias. Produtos com preços estáveis ou em leve alta são considerados de baixo potencial de desconto.
Desde 2010, a adesão dos diversos setores do varejo à Black Friday tem se intensificado. Inicialmente, apenas os segmentos de móveis, eletrodomésticos e livrarias participaram. A partir de 2017, o ramo de vestuário entrou de forma definitiva, consolidando a data como uma das mais importantes para o varejo brasileiro. A data já é a quinta mais importante do varejo, ficando atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.