Foto: Divulgação/Secom RR.

O governador de Roraima, Antonio Denarium (Progressistas) teve o mandato cassado pela 4ª vez no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) por 6 a 1 nesta terça-feira (19).

O vice-governador Edilson Damião (Republicanos) também foi cassado na ação, que acusa os dois políticos de abuso de poder econômico.

A acusação alegou que os políticos se beneficiaram ilegalmente de programas sociais do Governo do Estado nas eleições de 2022. Conforme a ação, eles tiveram vantagem indevida com o Morar Melhor, Cesta da Família e Renda Cidadã.

Além disso, o processo também cita a transferência de R$ 70 milhões para Prefeituras em que os prefeitos apoiavam a campanha eleitoral de Denarium, Edilson e Hiran. Outro ponto destacado é o uso abusivo de propaganda institucional para promover as figuras pessoais.

Tudo isso é proibido pela lei eleitoral e já foram objetos de outras ações que terminaram na cassação de mandato do governador.

O Ministério Público Eleitoral, representado pelo procurador Alisson Marugal, deu parecer pela procedência parcial da ação. O órgão reconheceu as irregularidades relacionadas ao uso dos programas sociais Cesta da Família, Renda Cidadão e Morar Melhor, além do envio de R$ 70 milhões para prefeituras do interior e publicidade institucional indevida.

O juiz relator Renato Albuquerque votou pela procedência da ação em relação a cassação do governador Antonio Denarium e do vice Edilson Damião, com determinação de novas eleições.

Acompanharam o voto do relator os juízes Marcus Gil Dias, Victor Queiroz, Joana Sarmento e as desembargadoras Tânia Vasconcelos e Elaine Bianchi. O único voto divergente foi do juiz Cláudio Belmiro.

Atualmente, Denarium aguarda julgamento de recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sua defesa recorreu à Corte superior após três cassações, todas por abuso de poder econômico.

O TSE chegou a iniciar o julgamento de um dos recursos em agosto deste ano, mas a presidente da instituição, ministra Carmem Lúcia, suspendeu para iniciar em outra data.

Uma semana depois, a ministra incluiu o processo na pauta de julgamento, mas retirou antes mesmo de iniciar a sessão.

Tanto a população como políticos de Roraima têm cobrado a retomada do julgamento, mas o TSE ainda não se manifestou.

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