O Ministério da Saúde entregou semana passada a Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) Olomai, localizada na Terra Indígena Yanomami. A unidade foi projetada para atender diretamente 739 indígenas residentes em oito aldeias do território Yanomami, oferecendo serviços de saúde que estavam comprometidos devido à precariedade das instalações anteriores.
De acordo com o secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, essa conquista é fruto de antigas reivindicações do povo Sanomã, que necessitavam urgentemente de melhores condições de atendimento na região.
“A comunidade contava com um posto de saúde em condições inadequadas, o que dificultava a prestação de serviços básicos de saúde. Com a nova UBSI, os aldeados terão uma infraestrutura mais equipada para atender suas necessidades de forma digna e eficiente”, pontuou.
Profissionais preparados e serviço de qualidade
A nova unidade será operada por uma equipe multidisciplinar composta por seis profissionais de saúde, entre eles: enfermeiro, técnico de enfermagem, nutricionista, agente de combate às endemias (ACE), e um técnico especializado no combate à oncocercose, uma doença parasitária que afeta determinadas comunidades indígenas.
Além de consultas e atendimentos clínicos, a UBSI Olomai vai oferecer serviços voltados para a prevenção e o controle de doenças endêmicas, ações nutricionais e vigilância em saúde, com o objetivo de reduzir ainda mais os índices de mortalidade e melhorar a qualidade de vida dos indígenas.
A UBSI Olomai foi projetada para ser um espaço funcional, tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. A unidade conta com:
- Quartos destinados aos profissionais de saúde;
- Cozinha equipada;
- Banheiro separado, um somente com vaso sanitário e outro com chuveiro;
- Farmácia para o armazenamento e distribuição de medicamentos;
- Sala de triagem para os primeiros atendimentos;
- Sala de laboratório para análises microscópicas;
- Área na parte frontal, que pode ser utilizada para atividades comunitárias ou de espera.
A entrega da UBSI Olomai faz parte de um esforço maior iniciado no ano passado, que visa a construção de 22 unidades emergenciais de saúde em áreas indígenas. Até o momento, nove dessas unidades já foram entregues, todas elas essenciais para a melhoria das condições de vida e da assistência médica nas comunidades.
A inauguração reforça o compromisso do governo brasileiro com a saúde indígena, principalmente em áreas remotas. Segundo Weibe Tapeba, “essa é mais uma etapa de um projeto maior que visa levar dignidade, qualidade de vida e atendimento médico de excelência aos povos indígenas de todo o Brasil”.