Foto cedida.

Amigos e familiares das vítimas da saúde pública do governo de Roraima protestaram na frente do galpão-maternidade Nossa Senhora de Nazareth na tarde desta segunda-feira (23). Carmen Elisa Emiliano de Assis Silva, morreu no último sábado (21) , após sofrer uma parada cardíaca enquanto estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Roraima (HGR).

Carmem era filha da artista plástica Carmézia Emiliano, indígena Macuxi e nome importante da cultura em Roraima. “Estou sem entender até agora como uma mulher vai a uma maternidade para voltar com uma criança e nenhum dos dois volta. Deus te guarde minha filha amada, no céu dos nossos ancestrais”, disse a artista plástica.

“O Estado é bastante omisso em relação a vida das mulheres, ele negligencia os atendimentos às mulheres. Inauguraram uma maternidade de fachada, como vamos admitir isso? Toda sociedade precisa se mobilizar”, denunciou uma das manifestantes.

“O Estado sujou as mãos com o sangue de todas as mulheres e de todas as crianças. Por todos os bebês que já morreram naquela maternidade de lona, e agora estão aqui nesse galpão”, desabafou.

Sesau

A Secretaria de Saúde disse em nota que a paciente deu entrada na Maternidade na madrugada do dia 14 de setembro, em estado gravíssimo com sinais e sintomas clínicos e laboratoriais de pré-eclampsia e síndrome HELLP, uma complicação grave da gravidez que pode causar lesões em órgãos e levar à morte da mãe e do bebê.

A Sesau ainda quis colocar a culpa do ocorrido na falta de “pré-natal adequado”, serviço que é prestado pela prefeitura da capital.

O viúvo e pai das vítimas negou veementemente a acusação da Sesau e mostrou publicamente todo o pré-natal de Carmem, com o cartão tendo nove consultas de pré-natal realizadas.

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