Maria Eugênia Buta, mãe de Pedro Rodrigues Parente Neto, piloto que desapareceu após ser contratado para transportar uma aeronave de Goiânia para a Venezuela, viajou do Rio de Janeiro para Boa Vista, em Roraima, em busca de informações sobre o filho desaparecido.
Pedro Rodrigues, de 37 anos, foi visto pela última vez em 1º de setembro e pilotava o monomotor Bellanca Aircraft na cidade de Caicara del Orinoco.
Maria Eugênia afirmou que vai “passar essa semana inteira em Boa Vista”. “Meu filho, pode ter certeza que vou encontrar. Removo céus e terras, e Deus é comigo. Eu vou descobrir o que ele estava fazendo na Venezuela”, declarou.
A mãe relata que, caso o filho esteja fazendo “algo de errado, vai pagar da forma certa”, e que deseja que Pedro esteja vivo.
Maria Eugênia trabalha como dentista no bairro de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. A Polícia Federal e a Força Aérea Brasileira (FAB) estão investigando o caso. As informações são do Extra.
Viagem para a Venezuela
Pedro Rodrigues viajou no dia 17 de agosto, informando que iria para a Bahia, mas o último contato que teve com a mãe foi em 1º de setembro. Quando perdeu contato com o filho, a mãe entrou em contato com conhecidos e descobriu que, na verdade, Pedro estava na Venezuela.
Pedro Rodrigues, natural do Rio de Janeiro e conhecido como Pedro Buta, trabalhava como instrutor de voo. Ele administrava um perfil nas redes sociais chamado “Céu Livre Aerodesporto”, que ele descrevia como uma “empresa de ensino e turismo”.
O piloto já havia se envolvido em um acidente no dia 20 de maio e alegou à polícia que foi contratado por Wesley Evangelista de Olinda para realizar um voo, e que houve sabotagem contra ele. Durante o voo, ele precisou fazer um pouso de emergência. Wesley Evangelista de Olinda foi preso em 2019 por tráfico internacional de drogas.
Pedro alegou que a suspeita de sabotagem estava relacionada a um processo movido contra ele por uma empresa de táxi aéreo. Segundo ele, o proprietário da empresa permitia condições de trabalho deploráveis e obrigava os funcionários a transportar mais passageiros do que o limite permitido.